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Piloto morto em acidente era sócio-proprietário de empresa de helicópteros

Ronaldo Quattrucci estava com Ricardo Boechat na aeronave que caiu na Rodovia Anhanguera na tarde desta segunda-feira

Por Da Redação Atualizado em 11 fev 2019, 20h44 - Publicado em 11 fev 2019, 18h44
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  • O helicóptero que caiu nesta segunda-feira, 11, e causou a morte do jornalista Ricardo Boechat era pilotado por Ronaldo Quattrucci, de 56 anos, que também morreu no acidente. Por volta das 12h15, a aeronave atingiu um caminhão na Rodovia Anhanguera, próximo ao quilômetro 7 do Rodoanel, em São Paulo, e explodiu ao cair no asfalto. O motorista foi resgatado pelos bombeiros com ferimentos.

    Quattrucci era sócio-proprietário da RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda, cuja frota própria é composta de três aeronaves, de matrículas PT-HPG, PT-TRQ e PT-YSG. O helicóptero pilotado por Quattrucci era o PT-HPG, da fabricante Bell.

    Nas redes sociais, o piloto Gideão Matias, de 44 anos, publicou uma mensagem de luto e homenagem a Ronaldo Quattrucci. “Os pilotos não morrem, apenas retornam aos céus com suas próprias asas. Voe em paz Comando”, diz a publicação. Nos comentários, ele lamenta a morte do “comandante” Quattrucci.

    A reportagem tentou contato com a RQ Serviços Aéreos Especializados, mas não conseguiu retorno até o momento.

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    Em nota, a Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros (Abraphe) afirma que Quattrucci “seguiu à risca as doutrinas de segurança até o último momento, na tentativa de preservar a vida da tripulação a bordo do helicóptero”. Em outro trecho, a Abraphe destaca “a experiência de quase duas décadas do comandante, as licenças regulares, bem como as características e potencial da aeronave que comandava”. 

    Sem permissão para táxi-aéreo

    De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a RQ Serviços Aéreos Especializados não tinha autorização para prestar o serviço de táxi-aéreo, mas apenas os de aerofotografia, aerorreportagem e aerocinematografia, “entre outros do mesmo ramo”. Assim, seria permitido, por exemplo, que passageiros com câmeras estivessem a bordo das aeronaves da empresa para executar tais serviços, mas era proibido que se cobrasse para fazer as viagens.

    “Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada”, diz a agência por meio de nota. A Anac informa ainda que “abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente”.

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    Acidente

    O helicóptero que levava Ricardo Boechat estava retornando de Campinas, onde o jornalista havia feito uma palestra em encontro da Libbs, empresa da indústria farmacêutica, na manhã desta segunda.

    Conforme o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o helicóptero de Quattrucci tinha documentação dentro da validade. De acordo com o RAB, o certificado de aeronavegabilidade (CA) da aeronave venceria em maio de 2023 e a inspeção anual de manutenção (IAM) precisaria ser feita novamente apenas no dia 16 de maio de 2019.

    As causas do acidente ainda são desconhecidas e serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), que informou estar realizando a ação inicial da ocorrência, começo do processo de investigação.

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