Pilotos mortos em queda de avião em São Paulo tinham 26 e 43 anos
Bombeiros não sabem se era Guilherme Murback ou Leonardo Imamura quem pilotava aeronave Cessna 210 Centurion, que explodiu ao atingir casas
As duas vítimas fatais da queda do avião de pequeno porte na Zona Norte de São Paulo, nesta sexta-feira, 30, são os pilotos Guilherme Murback, de 26 anos, e Leonardo Kazuhiro Imamura, de 43 anos. Até o momento, os bombeiros não sabem informar qual dos dois pilotava o monomotor Cessna 210 Centurion, matrícula PR-JEE, que caiu após decolar do Campo de Marte e explodiu ao atingir casas na Rua Antonio Nascimento Moura, bairro da Casa Verde. Segundo a Infraero, o avião levantou voo às 15h55 com destino a Jundiaí (SP).
Segundo o Corpo de Bombeiros, 13 pessoas ficaram feridas, das quais seis, com ferimentos leves, foram encaminhadas a hospitais. As sete demais foram liberadas após atendimento no local. Investigadores Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apuram as causas do acidente.
Em seu perfil no Facebook, o palmeirense Murback se apresenta como CEO [presidente] e fundador da empresa Air Box Brasil e informa que teve aulas de aviação no Aeroclube de São Paulo, no Campo de Marte. Ainda em sua página na rede social, o jovem piloto mostrava que estava noivo desde junho de 2018 e que apoiou a candidatura do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno, após votar em João Amoêdo (Novo) no primeiro.
Guilherme Murback também foi sócio de um bar na capital paulista. Pedro Henrique Castaldelli Ramos, 19 anos, que trabalhou com Murback no SP Premium Lounge por menos de um ano, foi até o local do acidente. Eles mantiveram contato mesmo depois de o piloto deixar a sociedade. “Mesmo depois que ele saiu, não conseguimos nos distanciar, criamos um laço muito forte”, disse Pedro Ramos.
No Instagram, onde costumava registrar seus voos em fotos e vídeos, Guilherme Murback também compartilhou, em outubro, uma postagem sobre a perda de 76 quilos em dez meses após uma cirurgia bariátrica. Nesta sexta-feira, ele fez uma publicação na ferramenta Stories, da rede social, em que mostra a asa de um avião no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e diz: “Bora”.
Propriedade de Fernando Matarazzo, diretor comercial da Mitsubishi no Brasil, o avião que caiu estava em situação regular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e tinha certificação até dezembro de 2022. O modelo foi fabricado em 1980 e tinha capacidade máxima para 5 passageiros.
Não há previsão para a retirada da aeronave do local, responsabilidade da empresa dona dele. As atividades de Bombeiros, Polícia Civil, Defesa Civil e Cenipa foram suspensas por volta das 20h10 e serão retomadas após a remoção do monomotor do lugar do acidente.