A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã deste sábado, 28, Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa, e sua secretária Tereza Cristina Barbosa Albuquerque. Elas são investigadas na Operação Território Livre “por crimes de aliciamento violento de eleitores e associação criminosa relacionada às eleições municipal”.
“As diligências realizadas neste sábado são fruto da análise do material apreendido nas duas fases anteriores da operação policial. O objetivo é complementar as provas de materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes investigados”, diz a PF em nota.
Lauremília é esposa de Cícero Lucena, atual prefeito da capital paraibana, que tenta reeleição. Nas redes sociais, o político do Progressistas publicou uma nota alegando perseguição. “O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, foi alvo de mais um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição, envolvendo sua família.”
“Trata-se de uma prisão política. Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito à sua família ou à cidade de João Pessoa”, diz outro trecho.
Eleições em João Pessoa
De acordo com a pesquisa Real Time Big Data divulgada na última quarta-feira, 25, o atual gestor da cidade lidera com folga a disputa pela prefeitura com 53% das intenções de voto.
Abaixo de Cícero, há um empate triplo dentro da margem de erro de 3 p.p (pontos percentuais): o ex-prefeito Luciano Cartaxo (PT) tem 13%, o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos), 13%, e o médico Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (PL), aparece com 10%. Foram realizadas 1.000 entrevistas, entre os dias 23 e 24 de setembro.