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PF apura se Odebrecht reformou piscina para Lula, diz jornal

Segundo a 'Folha de S. Paulo', obra no Alvorada não teria contrato público. Investigações levam em conta mensagens de Marcelo Odebrecht

Por Da redação
13 nov 2016, 09h38

Uma investigação da Polícia Federal apura se a empreiteira Odebrecht fez uma reforma na piscina do Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, em 2008, durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o jornal Folha de S. Paulo publicou neste domingo, a obra não teria contrato com o governo nem registro público.

Conforme o jornal, a PF encontrou indícios da suposta reforma ao analisar mensagens trocadas entre o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e executivos da empresa.

Em um deles, Odebrecht pergunta a Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, se “o trabalho das pedras foi bem concluído”. “Meu pai vai estar com o amigo hoje. O trabalho das pedras foi bem concluído? Qual ficou sendo a solução final?”, perguntou Marcelo Odebrecht a Benedicto Júnior.

Segundo a Polícia Federal, os codinomes “amigo” e “amigo de EO” eram utilizados pelos executivos da Odebrecht para se referirem ao ex-presidente Lula.

A Folha de S. Paulo diz ter tido acesso a documentos que comprovam a “colocação de piso de pedra em volta da piscina” do Alvorada em 2008, na época em que as mensagens foram enviadas. O jornal afirma que funcionários da empreiteira e da presidência da República confirmam que não havia contrato público para a realização da obra.

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Em outras mensagens, um mês antes, Marcelo Odebrecht é informado pela secretária do ex-executivo da Vale Carlos Anisio Figueiredo de que ele tinha “urgência em lhe falar sobre a colocação de granito na piscina em Brasília”.

Perguntado se a demanda poderia ser encaminhada a Benedicto Júnior, Odebrecht concorda e responde: “Alinhar para não haver divulgação e qual estratégia se houver (provável) vazamento na mídia”. “Lembre o rolo que foi a reforma do Planalto. Na época pensei em ser mencionado como doação do pessoal de granito do Brasil para divulgar para visitantes do exterior”, conclui.

O relatório da PF sobre a análise das mensagens diz que “diante da proximidade das datas das mensagens”, haveria uma “clara possibilidade” de que elas tratariam do mesmo tema.

A Odebrecht e o ex-presidente Lula não comentaram o teor da reportagem publicada pela Folha.

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