PF abre inquérito para apurar racismo na retirada de passageira de voo
Discussão sobre bagagem resultou na saída compulsória de uma mulher negra de avião em Salvador; veja o vídeo
A Polícia Federal abriu neste domingo, 30, inquérito para apurar se houve o crime de preconceito de raça ou cor durante a retirada compulsória de uma passageira de um voo da Gol. O caso ocorreu no Aeroporto Internacional de Salvador e as imagens da discussão acerca da bagagem de Samantha Vitena se difundiram pelas redes sociais.
A tripulação teria recomendado a Samantha que despachasse a sua mala por falta de espaço dentro do avião. A passageira se recusou e argumentou que o seu “laptop iria ficar aos pedaços”. A discussão acabou na saída da passageira do voo, com o auxílio de agentes da Polícia Federal.
A companhia aérea alegou que o voo, com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, não poderia decolar por causa da bagagem de Samantha, que estaria violando a segurança da viagem.
“Muitos clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente. Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”, disse a Gol, em nota.
“Lamentamos os transtornos causados aos clientes, mas reforçamos que, por medidas de segurança, nosso valor número 1, as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções. A companhia ressalta ainda que busca continuamente formas de evitar o ocorrido e oferecer a melhor experiência a quem escolhe voar com a Gol e segue apurando cuidadosamente os detalhes do caso”, acrescentou a empresa.