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PCC liderava tráfico internacional de drogas no Porto de Santos

Ação da Polícia Federal apreendeu 3,7 toneladas de cocaína. Líderes da facção criminosa coordenavam o esquema

Por Da Redação
1 abr 2014, 10h14
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  • A Polícia Federal desbaratou na segunda-feira uma quadrilha que usava contêineres para enviar drogas para a Europa, Cuba e África. O Primeiro Comando da Capital (PCC) participava do esquema de envio de cocaína. A droga era trazida da Bolívia pela fronteira com o Paraguai, atravessava São Paulo e chegava à Baixada onde, pelo Porto de Santos, era despachada em navios sem o conhecimento dos responsáveis pelas embarcações. Segundo a Polícia Federal , essa é a primeira vez que há provas de ligação da facção criminosa com o tráfico internacional de drogas.

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    Segundo as investigações da PF, havia a articulação de diversas células criminosas para executar o plano de transporte da cocaína. Os homens do PCC ficavam encarregados do processo final no porto. Cabia a eles encontrar os navios que atendessem às necessidades da quadrilha, como destino, e infiltrar criminosos nos barcos para fazer o carregamento da droga.

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    O relato da PF sobre a quadrilha foi enviado à Justiça e resultou na expedição dos mandados de busca e apreensão e de prisão. Entre os detidos está André Oliveira Macedo, ou André do Rap, de 37 anos, e seu comparsa Jefferson Moreira da Silva, o Dente, de 36. Eles seriam responsáveis pelas ordens para seus subordinados do PCC cooptarem funcionários que atuavam na divisão de Recintos Alfandegários de Exportação (Redex) para descobrir navios propícios para o transporte da droga e facilitar a entrada de traficantes.

    André do Rap é apontado como líder da facção na Baixada – encarregado de tarefas de ponta, como a coleta da “rifa” (contribuições dos integrantes do PCC) e o fornecimento de armas de fogo a parceiros. Ele e Dente estão foragidos. Ambos estão com prisão temporária decretada pela Justiça Federal.

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    As Operações Hulk e Oversea, iniciadas no ano passado e deflagradas na capital e na Baixada Santista, resultaram na prisão de 23 suspeitos – treze estão foragidos. Foram expedidos também oitenta mandados de busca e apreendidos dez veículos, uma embarcação, dezenove pistolas, dois fuzis e 3,7 toneladas de cocaína – em todo o ano passado, foram apreendidas quatro toneladas da droga no porto.

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    Fronteira – O esquema de distribuição da droga começava na fronteira do Paraguai. Um dos acusados presos na segunda, João dos Santos Rosa, coordenava a compra da cocaína com os países vizinhos, por intermédio de Raimundo Carlos Trindade, preso em julho do ano passado com 503 quilos de cocaína. Eles integravam a célula que incluía o boliviano Rolin Gonzalo Parada Gutierrez, vulgo Federi, também foragido e tido como o principal fornecedor da cocaína ao esquema. Outros integrantes das células tinham contato com compradores na Espanha e em outros países. Depois que esse grupo fez a aliança com o PCC da Baixada, a rota para o tráfico internacional foi estabelecida.

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    A cocaína, considerada pura, era colocada em sacolas ou mochilas, que eram inseridas em contêineres. Um grupo colocava mochilas repletas de cocaína nos contêineres, usando lacres falsos. Quando a droga chegava ao destino, outra quadrilha atuava para recuperá-la.

    (Com Estadão Conteúdo)

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