O dono do time de futebol que é dirigido pelo filho caçula do presidente Lula no Amazonas tentou comprar um clube que disputa a série A do Campeonato Carioca. Em março do ano passado, o coreano Sung Un Song, que já administra o RPE Parintins, clube da primeira divisão amazonense, manifestou interesse em adquirir o Boavista, equipe baseada na cidade de Saquarema, a 96 quilômetros da capital fluminense. Ele ofereceu R$ 10 milhões.
Song e a antiga direção do Boavista assinaram na época um memorando de entendimento, segundo o qual o empresário coreano se comprometia a decidir sobre a compra do clube carioca, depois que realizasse uma análise minuciosa sobre a saúde financeira do time, avaliando, inclusive, os contratos que estavam em vigor. Caso decidisse pela aquisição, Song faria o pagamento em três parcelas: uma de R$ 5 milhões e duas de R$ 2,5 milhões.
O negócio, porém, não foi adiante. A assessoria de imprensa do Boavista confirmou que o clube, de fato, foi procurado pelo empresário coreano, mas, sem dar detalhes, informou que as tratativas não avançaram. O time de Saquarema acabou sendo vendido para um grupo português.
A nova gestão do Boavista é composta hoje por cinco empresários, que agenciam carreiras de atletas e treinadores na Europa. A meta é chegar à série B do Campeonato Brasileiro em 6 ou 7 anos.
Quem é o Song
O empresário coreano Sung On Song, de 59 anos, é dono de 33 empresas que operam no Brasil. Ele também é proprietário da Digitron, companhia que atua no ramo de tecnologia e tem um dos maiores faturamentos do estado do Amazonas. O coreano foi o primeiro a produzir notebooks no País e se tornou líder de fabricação no mercado brasileiro.
Em 2021, ele conheceu Luis Claudio, filho de Lula, no momento em que finalizava a compra do RPE Parintins, sediado na cidade de Rio Preto da Eva, a 80 quilômetros de Manaus. Depois, convidou o caçula do presidente para assumir o cargo de diretor de futebol do clube.