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Operação mira fraude e lavagem de dinheiro em SP e MG

PF e Receita buscam provas para confirmar crimes praticados a partir do controle de empresas de fachada na área de serviços de limpeza em nome de "laranjas"

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 1 mar 2018, 09h44 - Publicado em 1 mar 2018, 09h43

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram nesta quinta-feira (1º) a operação Descarte, contra um esquema de lavagem de dinheiro, por meio do controle de uma rede de grandes empresas de fachada na área de serviços de limpeza em nome de “laranjas”. A operação é um desdobramento da operação Lava Jato, a partir de informações do doleiro Alberto Youssef.

Agentes cumprem quinze mandados de busca e apreensão em residências e empresas, nas cidades de São Paulo (9), Santos-SP (1), Paulínia-SP (1), Belo Horizonte (2) e Lamin-MG (2). “Em regra, as empresas participantes do esquema simulavam a venda de mercadorias ao cliente do “serviço” de lavagem, que então pagava por produtos inexistentes via transferências bancárias ou boletos (para dar aparência de legalidade à aquisição)”, informou a PF em nota.

Ainda de acordo com a PF, as quantias recebidas eram transferidas para diversas outras empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial. A investigação revelou, ainda, que empresa concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo, a maior cliente identificada, se valeu dos serviços ilícitos dessa rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes, entre os anos de 2012 e 2017.

“Foram repassados mais de R$ 120 milhões para terceiros ainda não identificados. Uma das células do esquema criminoso remeteu ilegalmente parte dos valores para o exterior, em favor de funcionário público argentino e em conluio com operadores financeiros que vieram a ser presos posteriormente no âmbito da Operação Lava Jato”, afirma a PF.

Além disso, o grupo adquiriu vários veículos de alto luxo, como Ferrari, Maserati e BMW, todos registrados em nome de interpostas pessoas (“laranjas”). Nesta quinta, com os mandados judiciais busca-se confirmar as provas dos crimes descobertos até o momento: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária e associação criminosa, bem com o aprofundamento das investigações para a coleta de indícios de autoria em relação aos crimes de corrupção ativa e passiva.

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