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Operação Laços de Família, da PF, mira tráfico de drogas em cinco estados

Segundo os investigadores, esquema se organizava de forma parecida com o de máfias, uma vez que os líderes eram do mesmo grupo familiar

Por Da Redação 25 jun 2018, 12h32
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  • A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira a Operação Laços de Família contra o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. A investigação mira em “uma forte organização criminosa, que tinha seu foco principal de atuação a partir da fronteira sul do estado de Mato Grosso do Sul com o Paraguai”. De acordo com a PF, o esquema “tinha traços de um clã, de forma assemelhada à máfia, eis que seus principais cabeças eram de um mesmo grupo familiar e tinha estreita ligação com a facção criminosa paulista PCC’. Em nota, a corporação informou que aproximadamente 211 policiais federais participam da ação que ocorre simultaneamente em Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte.

    “Grandes carregamentos de droga eram remetidos da região fronteiriça para várias regiões do Brasil, geralmente escondidos em caminhões e carretas com cargas aparentemente lícitas, tudo a serviço da criminalidade. Em contrapartida, a organização criminosa recebia joias, veículos de luxo e dinheiro por meio de depósitos em contas bancárias de laranjas e de empresas de fachada, como pagamento das cargas criminosas, que garantiam vida luxuosa e nababesca aos patrões do tráfico internacional de drogas, que incutiam o temor e o silêncio na região pela sua violência e poderio”, afirma PF. “Também eram utilizados helicópteros para transportar joias e dinheiro usados como pagamento do bando, vindos de vários pontos do Brasil.”

    A Justiça Federal da 3ª Vara de Campo Grande expediu vinte mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, 35 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, 136 mandados de sequestros de veículos terrestres, sete mandados de sequestro de aeronaves (helicópteros), cinco mandados de sequestro de embarcações de luxo e 25 mandados de sequestro de imóveis. Também foi decretado o sequestro geral de todos os bens de 38 investigados, em todo o país, inclusive em nome de suas empresas de fachada.

    Durante a investigação, a PF já havia apreendido mais de R$ 317 mil em dinheiro; joias avaliadas em mais R$ 81 mil, duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veículos de transporte de carga – além de prender em flagrante delito seis membros do esquema investigado. As penas somadas dos crimes cometidos pelos criminosos atingem aproximadamente 35 anos de prisão.

    (com Estadão Conteúdo)

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