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PF faz operação de combate a esquema de sonegação de R$ 3 bi

Batizada de Rosa dos Ventos, a ação inclui 36 mandados de busca e apreensão e 24 de prisão temporária

Por Da redação
Atualizado em 15 ago 2017, 14h09 - Publicado em 15 ago 2017, 10h19
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  • A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça, em Campinas, a Operação Rosa dos Ventos, que investiga crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, falsificação de títulos públicos e negociações de pedras preciosas. Segundo a PF, as práticas ilícitas causaram um prejuízo de 3 bilhões de reais em impostos sonegados e multas não pagas.

    A 9ª Vara Federal de Campinas expediu 36 mandados de busca e apreensão e 24 de prisão temporária. Além da cidade do interior paulista, os agentes da PF atuam em Brasília, Cotia (SP), São Paulo, Paulínia (SP), Belo Horizonte, Guarujá (SP), Santa Rita do Passa Quatro (SP), Mogi Mirim (SP), Americana (SP), Anápolis (GO), Santa Helena (GO) e Goiânia.

    As investigações começaram em abril do ano passado, após a Receita Federal descobrir crimes de sonegação fiscal em uma distribuidora de combustíveis em Paulínia, no interior de São Paulo. A apuração da PF indica que as distribuidoras eram registradas em nome de laranjas, que não recolhiam os tributos necessários para o funcionamento dos negócios. O esquema fraudulento permitiria aos criminosos, então, oferecer preços menores e obter lucros maiores. A concorrência desleal pode ter levado empresas que atuam dentro da lei a fechar as portas.

    Os investigados são suspeitos de falsificar títulos da dívida pública da União para ampliar o capital social das empresas e facilitar a obtenção de financiamentos. Em um dos documentos forjados, a dívida representada era de 32 bilhões de reais.

    O uso de laranjas também teria o objetivo de proteger os verdadeiros donos de dezenas de empresas. Assim, o patrimônio pessoal dos empresários era protegido por meio de companhias localizadas em paraísos fiscais. Foram recolhidas provas de evasão de divisas, fraudes envolvendo pedras preciosas e à execução processual, cujo objetivo era frustrar o direito de terceiros aos bens, sobretudo o Fisco. Segundo a PF, um lote de pedras preciosas estava sendo negociado pelos membros da organização por 650 milhões de dólares (cerca de 2 bilhões de reais).

    Os investigados devem responder pelos crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, mineração ilegal, evasão de divisas e falsificação de papéis públicos, com penas de seis meses a dez anos de prisão e multa.

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