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ONG evangélica vê interferência do PT em concorrência do Ministério da Saúde

Antes de chamada pública, deputado Zeca do PT anunciou que governo Lula acabaria com convênio da Missão Caiuá

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 dez 2024, 09h39

A Missão Evangélica Caiuá, uma agência ligada à Igreja Presbiteriana, cuida da saúde indígena no Brasil, contratando equipes para atendimento direto nas aldeias. Nos últimos dez anos, a entidade recebeu mais de 3,4 bilhões de reais em convênios com o governo federal. O acordo, porém, não foi renovado.

A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde, excluiu a Missão da lista de entidades que atuarão na área a partir do ano que vem. A decisão foi parar na justiça. A entidade ingressou com uma ação em que aponta o envolvimento de parlamentares do PT como  “esquisitices” consideradas “inexplicáveis” no processo. Relata que a exclusão ocorreu depois de uma intervenção dos  deputados  Zeca do PT (PT-MS) e  Vander Loubet (PT-MS).

Na petição foi anexado um vídeo no qual Zeca do PT discursa na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul e faz o seguinte relato: “Acompanhando o deputado Vander Loubet, estivemos na Sesai, a Secretaria Especial da Saúde Indígena. Definitivamente, graças a Deus, o governo do Lula começa a trabalhar com a ideia de acabar com o convênio com a Missão Caiuá”. Zeca do PT foi governador do Mato Grosso do Sul e é amigo pessoal do presidente da República. O pronunciamento foi feito pouco antes da seleção das ONGs que prestariam os serviços ao governo.

Evangélicos dizem que são confundidos com ‘bolsonaristas’

“É no mínimo preocupante que uma semana após o início da chamada pública haja um vídeo de um deputado estadual do partido do governo afirmando que foi à Brasília na Sesai na semana que saiu o edital da chamada e que o governo já estava trabalhando com a ideia de acabar com convênio com esta ONG centenária e maior prestadora do serviço e, efetivamente, a ONG acabe em último lugar na chamada, na qual está havendo situações teratológicas e, no mínimo, ‘esquisitas’”, diz a ação judicial.

Sob reserva, um representante da Missão diz que, por trás da decisão do governo, está o preconceito contra os evangélicos e o fato de a entidade, também por isso, ser  erroneamente associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “O PT começou a dizer que a gente é de direita, porque a gente é evangélico, mas essa ligação não existe”, disse.

Na ação judicial, os advogados destacam que o chamamento público que desclassificou a Missão está eivado de irregularidades e decisões visivelmente dirigidas para prejudicar a entidade.  Procurados, a Sesai,  Zeca do PT e Vander Loubet não retornaram telefonemas.

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