Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

O sinal decisivo de Bolsonaro para Guedes

Ministro da Economia considera que congelamento do reajuste dos salários dos servidores públicos é fundamental para a continuidade do seu trabalho

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 Maio 2020, 19h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente Jair Bolsonaro sempre relutou em mexer num tema que considera um vespeiro eleitoral: o salário de funcionários públicos. Por trás dessa discussão, segundo ele, há um cálculo político: 40 milhões de famílias afetadas, 40 milhões de votos a menos. Essa lógica de quem está de olho em uma reeleição contraria a cartilha liberal do ministro Paulo Guedes. Por isso, a decisão do Palácio do Planalto de vetar ou manter a possibilidade de reajustar a remuneração dos servidores pelos próximos dois anos, prevista no pacote de socorro aos estados e municípios, é considerada crucial para a equipe econômica.

    Em uma conversa recente com seus secretários, Guedes disse: “Se o presidente não vetar será um sinal muito importante”. O ministro relembrou que quando topou participar da campanha de Bolsonaro em 2018, ele estabeleceu algumas hipóteses de trabalho. Dentre elas, estavam dois pontos essenciais: o apoio irrestrito do presidente à agenda econômica liberal e a disposição do Congresso em aprovar reformas estruturantes. Sem isso, seria inviável implementar um plano de retomada do crescimento do país.

    Na semana passada, a Câmara aprovou a flexibilização do congelamento da remuneração de servidores públicos, um tema costurado entre o ministro e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Durante a votação, o deputado Major Victor Hugo (PSL-GO) ligou para o presidente e explicou que o governo sofreria uma derrota se não votasse contra Guedes. Para evitar um desgaste político, Bolsonaro orientou o parlamentar a seguir adiante. Essa movimentação foi vista como uma facada no chefe da equipe econômica.

    Com isso, uma das hipóteses de trabalho de Guedes — a disposição do Congresso em apoiar as pautas econômicas do governo — ficou abalada. Agora resta outro pilar considerado fundamental para o ministro: o apoio do presidente. É nisso que o chefe da equipe econômica aposta todas as suas fichas nesta semana.

    No domingo 10, Bolsonaro sinalizou que está afinado com o seu Posto Ipiranga: “Como o Paulo Guedes me disse, a questão dos ajustes na economia, amanhã a gente sanciona o projeto com veto e está resolvido. E tem tudo para dar certo, apesar dos fechamentos por aí”.

    A decisão do presidente, que já se mostrou resistente à reforma administrativa, definirá se o homem que decide a economia no Brasil é de fato Paulo Guedes.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.