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O puxão de orelha de Lula na militância petista

Durante lançamento do PAC, presidente pregou paz com adversários políticos nas eleições

Por Lucas Mathias Atualizado em 11 ago 2023, 15h02 - Publicado em 11 ago 2023, 14h49

No Theatro Municipal do Rio para o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nesta sexta-feira, 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu paz da militância petista com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). O trio foi vaiado pela militância petista durante a cerimônia. No caso de Castro, as vaias foram reiteradas e acompanhadas de palavras de ordem, como já havia acontecido nesta quinta-feira. Segundo Lula, para “consolidar o processo democrático nesse país, é preciso convivência democrática nas adversidades”.

A declaração foi dada pelo presidente ainda no início de seu pronunciamento, no lançamento do PAC. Antes, ministros como o da Casa Civil, Rui Costa, e o de Minas e Energia, Alexandre Silveira, haviam cumprimentado os presentes e, quando Lira, Caiado e Castro tiveram seus nomes mencionados, ouviram vaias. O governador do Rio, inclusive, estava bem próximo a Lula, ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff – muito aclamada pelo publico. Presente majoritariamente nos anéis superiores do Theatro Municipal, a militância petista teve voz ativa desde o início do evento. E diante do nítido constrangimento causado nos convidados, no momento das vaias, o presidente disse que era preciso “aprender lições”.

“A gente vai ter que aprender algumas lições. Quando fazemos um ato como esse, não é pra nós, do PT. É pra sociedade brasileira. E temos que compor com quem faz parte da sociedade brasileira. O governador do Rio não está aqui porque quer estar aqui, mas porque foi convidado. Ficaria muito constrangido se fosse em Goiás, convidado pelo governador Ronaldo Caiado, e fosse vaiado. Quem está aqui não é o governador do Rio, mas a instituição, o governo do Rio”, disse Lula, que completou:

“O Arthur Lira, por exemplo, é nosso adversário político desde que o PT foi fundado. Mas depois que acaba a eleição, ele está aqui como presidente da Câmara. Não é o Lira que precisa de mim. Eu é que mando os projetos, e preciso dele pra colocar em votação. Pra gente poder consolidar o processo democrático nesse país, é preciso convivência democrática nas adversidades”, frisou o presidente.

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Todos os 27 governadores foram convidados, embora os representantes de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), não tenham comparecido. O escolhido como representante dos mandatários, e responsável por discursar no evento, foi o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Em sua fala, Lula fez questão de destacar a importância da cooperação com os mandatários estaduais na elaboração do novo PAC.

“Ninguém, em sã consciência, precisa gostar de mim. Eu e Caiado somos adversários desde 1988. Tudo bem. O que nós precisamos é conversar e continuar. Tudo bem? Tudo bem. Vamos tomar cerveja? Vamos tomar cerveja. Os primeiros que chamei para opinar sobre o PAC foram os governadores. O Helder (Barbalho) me pediu 50 obras, deve estar pensando que o mandato é de 100 anos”, brincou Lula.

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