Número de mortos em naufrágio no Amapá sobe para 13
Até o momento, 46 pessoas foram resgatadas com vida; as buscas por sobreviventes retomarão na manhã desta segunda-feira

Subiu para 13 o número de mortos em decorrência do naufrágio da embarcação de médio porte chamada Anna Karoline 3, no sul do Amapá. O navio saiu da localidade do Porto do Grego, no município de Santana (AP), com destino a Santarém (PA), e afundou nas proximidades da Boca do rio Jari. Neste domingo 1º, foram encontrados quatro corpos – a embarcação tinha de 60 a 70 pessoas. Outros 46 tripulantes estão a salvo. São oito mulheres, incluindo três meninas com idade entre sete e onze anos, e cinco homens, segundo o governo estadual.
A região do náufrago fica a 130 km de Macapá, num lugar de difícil acesso e comunicação – o chamado de socorro foi às 5h, e o helicóptero de resgate do governo do estado só chegou ao local por volta das 14h do sábado. Nesta segunda-feira 2, as buscas serão retomadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Capitania dos Portos. Estão no local 18 mergulhadores de resgate dos Bombeiros do Amapá e Pará, além de duas embarcações da Marinha do Brasil. Nesta segunda-feira, uma nova equipe deve se deslocar ao local para dar suporte na busca por sobreviventes.
Dona do navio
A embarcação faz parte da frota da Erlon Rocha Transporte LTDA, do empresário Erlon Rocha, filho de Antônio Rocha, que foi deputado estadual do Amapá por cinco mandatos e atualmente é vereador de Santarém. Em nota, a empresa lamenta o ocorrido.
“A empresa, que atua há anos no mercado com total respeito aos seus clientes e usuários, lamenta o ocorrido e se solidariza com as vítimas e familiares atingidas com a tragédia de hoje, bem como não está medindo esforços para ajudar no que for possível”, diz o comunicado.
Segundo a empresa, o navio estava alugado para Paulo Márcio Simões Queiroz, “o qual tem total responsabilidade pelo ocorrido, conforme contrato de locação devidamente firmado entre as partes”.
A Capitania dos Portos do Amapá publicou nota na noite deste domingo, 1º de março, e afirmou que as equipes vão retomar as buscas por desaparecidos já no começo desta segunda-feira, 2. A entidade lamentou a tragédia e pediu “para a sociedade participar ativamente no esforço de fiscalização, informando qualquer situação que possa afetar a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana no mar e vias navegáveis ou que represente risco de poluição ao meio hídrico”.