Viúva de Marielle Franco, Monica Benicio afirmou que “não há democracia enquanto o Brasil não responder quem matou Marielle”. A ativista estava na concentração da Estação Primeira de Mangueira, nesta segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro. A escola vai homenagear a vereadora, morta há quase um ano a tiros no Rio.
Na concentração, Monica estava ao lado de dois colegas de Marielle: Marcelo Freixo e Tarcisio Motta, ambos do PSOL. Tarcisio, que dividia a bancada junto com a vereadora acredita que o enredo da verde e rosa será histórico. “O samba apresenta os heróis por trás de retratos emoldurados e essa discussão é muito importante hoje para afirmar que quem construiu de verdade a história do país foram negros, índios. E coroando uma homenagem a Marielle”, disse.
Monica conta com o desfile de hoje para ressignificar o dia 14 de março de 2018, quando Marielle foi assassinada a tiros dentro de seu carro, assim como seu motorista, Anderson Gomes. “É mais um momento de pedir justiça. O enredo tem tudo a ver com a preservação da história da Marielle”, disse.
A viúva ainda comentou que este último ano foi marcado prlo caos. “Um inferno”, lamentou. Mas contou não estar preocupada com a demora para o desfecho do crime. “Eu não estou preocupada com o tempo, o Brasil deve isso ao mundo”, finalizou antes de entrar na avenida.