Na noite desta sexta 21, Jair Bolsonaro deu uma entrevista ao Programa do Ratinho, no SBT. Por quase meia hora, os dois adotaram um tom de conversa entre amigos estimulado pelo apresentador, conhecido apoiador do presidente.
Em meio ao coronavírus, Bolsonaro, já criticado por sua postura em relação à pandemia, voltou a citar “histeria“. “Não adianta eu falar ‘fiquem calmos’, ou ‘esperem uma guerra’. Primeiro porque eu estou me violentando. Eu não quero histeria porque isso atrapalha”, disse. “Tem certos chefes de estado por aí, até prefeitos, já falando em decretar interdição de aeroporto, fechando shoppings… É inadmissível isso”, disse, alfinetando os governos de São Paulo e Rio, comandado por seus adversários. “Pode ter um ser humano aguardando um fígado que viria lá de Fortaleza aqui para Brasília, e não vem mais. Vai morrer esse cara porque fecharam o aeroporto. Isso é uma histeria.”
Ao ser perguntado sobre a rixa com João Doria e Wilson Witzel, Bolsonaro afirmou que o primeiro se elegeu usando o nome dele e o segundo “colou” no seu filho durante a campanha. Ele afirmou que ambos viraram seus “inimigos” por estarem de olho na Presidência. “Uma dica pra quem quer ser reeleito: não fique obcecado esperando eleição.” Segundo ele, não é “atacando os outros” que se consegue votos.
Ainda sobre o vírus, Bolsonaro disse: “Vão morrer alguns. Sim, vão morrer (…) Mas não podemos deixar esse clima todo que está aí. Prejudica a economia”, reclamou. “A chuva está vindo aí, você vai se molhar, agora se você botar uma capinha aqui, tudo bem, passa, agora se você entrar em parafuso, você vai morrer afogado embaixo da chuva.”