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Motoristas de ônibus aprovam greve em São Paulo para sexta-feira

Categoria protesta contra a redução da frota e cobra o pagamento de participação nos lucros; mobilização fechou 17 terminais em pontos da cidade hoje

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 5 set 2019, 18h39 - Publicado em 5 set 2019, 18h18

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) aprovou no fim da tarde desta quinta-feira, 5, uma paralisação geral do serviço de ônibus na capital ao longo desta sexta-feira, 6. A decisão foi tomada após um dia de mobilizações nesta quinta-feira, 5, que chegou a fechar 17 terminais e afetou o trânsito em diversas partes da cidade.

Na assembleia, foi informado que o serviço seria retomado na integridade nesta quinta, “para levar o trabalhador para casa”, e que a paralisação terá início a partir da meia-noite. O presidente interino do sindicato, Valmir Santana da Paz, disse ter saído “entristecido” da reunião com a Secretaria Municipal dos Transportes. “Nenhuma das nossas questões foi resolvida. Não vamos deixar trabalhadores perderem seus empregos. Não vamos rodar amanhã (sexta)”, disse.

O objetivo da manifestação iniciada nesta quinta, segundo os motoristas, é protestar contra o que chamam de “desmonte” do setor, com uma suposta redução de frota, além de cobrar o pagamento relativo à participação nos lucros e resultados (PLR) por parte das empresas. De acordo com a entidade sindical, havia transferência desse dinheiro prevista para esta quinta, o que não teria ocorrido.

O presidente licenciado do sindicato e deputado federal Valdevan Noventa (PSC), disse que a decisão de paralisação é o “começo de uma batalha”. “Precisamos agir com estratégia e inteligência. Hoje (quinta), os motoristas levam os trabalhadores para casa, mas a partir da meia-noite nenhum ônibus vai rodar. A partir das 8h (desta sexta), vamos trazer os trabalhadores da categoria para um protesto na frente da Prefeitura”, declarou. Ele disse que a paralisação seguirá por tempo indeterminado até que a Prefeitura decida negociar com a categoria.

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