Com a localização de um novo corpo, encontro sob escombros no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT), subiu para 58 o total de mortos em conflitos entre presos na cidade do sudoeste do Pará, nesta segunda-feira 29. Ao menos 16 das vítimas foram decapitadas, segundo informações do Instituto Médico Legal (IML) do Estado.
A rebelião começou por volta das 7h, quando um grupo de presos da facção Comando Classe A (CCA) invadiu a ala dos integrantes do Comando Vermelho (CV), facção rival, e colocou fogo em uma das celas.
De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), o conflito foi um acerto de contas e não um protesto contra as condições do sistema prisional. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da rebelião, que foi contida por volta das 12h.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública ofereceu ao governo do Pará 10 vagas em presídios federais para transferir os líderes da rebelião. Em nota à imprensa, o ministro Sérgio Moro lamentou as mortes na rebelião e determinou que a Força Nacional fique de prontidão para atuar se for necessário. Moro também quer a intensificação do trabalho de inteligência policial.
Ao ser questionado nesta terça-feira, 30, sobre o caso, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que os jornalistas fossem procurar as vítimas dos presos que morreram no Centro de Recuperação Regional. “Pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que que eles acham. Depois que eles responderem, eu respondo a vocês”, disse o presidente.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)