Nesta quarta (22), no Rio de Janeiro, morreu o terceiro militar do Exército desde o início da intervenção federal na Segurança Pública do estado. O soldado Marcus Vinicius Viana Ribeiro morreu, após ser baleado na perna na última segunda-feira durante operação nos Complexos do Alemão, Penha e Maré.
Em nota, o Comando Militar do Leste (CML) lamentou a perda do soldado, que estava internado no Hospital Salgado Filho, no Méier, na zona norte do Rio. O cabo Fabiano de Oliveira Santos, de 36 anos, e o soldado João Viktor da Silva, de 21, também morreram em decorrência da ação.
Desde a madrugada de segunda-feira, as Forças Armadas realizam operação nos três complexos de favelas, que englobam 26 comunidades. Segundo balanço elaborado pelo CML, até o momento, a ação dos militares resultou na prisão de setenta pessoas e a libertação de cinco reféns. Mais de 7.000 pessoas e veículos passaram por revista.
Também foram apreendidas catorze armas (sendo cinco fuzis), além de 1.045 munições, sete carregadores, 554 quilos de maconha, uma moto, um colete a prova de balas e a retirada de duas barricadas. Além dos três militares, outras cinco pessoas morreram na operação no conjunto de favelas — segundo o CML, todos suspeitos e em confronto.
Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo nesta quarta-feira, o apoio à presença do Exército nas ruas do Rio de Janeiro para combater a violência caiu 13 pontos percentuais desde o início da intervenção, em fevereiro.
Em março, quando o instituto fez a pesquisa logo após a adoção da medida, 79% dos entrevistados se diziam a favor da ação das Forças Armadas no Rio; desta vez, o número foi de 66%. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 21 de agosto, e ouviu 542 moradores da cidade do Rio de Janeiro com 16 anos ou mais. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.