Morreu nesta segunda-feira, 20, o primeiro militar do Exército desde o início da intervenção federal no Rio de Janeiro, que completou seis meses na semana passada. Ele foi uma das seis mortes registradas durante operação conjunta desencadeada pelas forças de segurança nos Complexos do Alemão, da Maré e da Penha. Inicialmente, o Comando Militar do Leste (CML) havia informado a morte de oito pessoas nos confrontos.
O militar foi morto em decorrência de ferimento provocado por arma de fogo. Outro militar ficou ferido sem gravidade e foi hospitalizado, segundo o coronel Carlos Frederico Cinelli, do CML. “Houve confronto. Tivemos um número de óbitos. Houve cinco suspeitos que atacaram as forças de segurança”, disse. “Houve também dez presos, entre eles um importante criminoso lá de Santa Cruz, que vieram reforçar a ação na Maré.”
A operação nos três complexos de favelas, que englobam 26 comunidades, resultou também na apreensão de quatro pistolas, duas granadas, dois veículos e grande quantidade de drogas, no entanto, o total não foi informado. Serão instaurados inquéritos policiais militares para apurar as mortes.
Os militares atuaram no cerco aos conjuntos de favelas e na estabilização da áreas, além da retirada de barricadas. Veículos e pessoas estão sendo revistados. O Batalhão de Choque, da Polícia Militar, atua no Complexo do Alemão, enquanto o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o de Ações com Cães estão na Maré.
No Morro da Fé, no Complexo da Penha, policiais do Bope libertaram uma família que era feita refém por criminosos. A equipe apreendeu um fuzil e três pistolas e prendeu seis suspeitos. Na Nova Holanda, na Maré, o Batalhão de Cães da PM localizou mais de 430 quilos de drogas.
Na Linha Amarela, no sentido Barra da Tijuca, um ônibus foi incendiado por criminosos, perto do Complexo da Maré. A via foi fechada para que o fogo fosse apagado. Ninguém ficou ferido e não foram efetuadas prisões. Por causa da operação das forças de segurança no Alemão, Maré e Penha, moradores tiveram dificuldade de sair de casa para ir trabalhar, uma vez que a ocupação começou bem cedo, e crianças ficaram sem aulas nas escolas.
Seis mortos
Mais cedo, outra ação policial terminou com seis suspeitos mortos durante uma troca de tiros na Alameda São Boaventura, em Niterói. Ao serem abordados, os motoristas tentaram fugir, mas acabaram interceptados em um dos acessos à Ponte Rio-Niterói, onde aconteceu a troca de tiros. Na ação, seis suspeitos foram baleados e acabaram mortos. Com o grupo, os policiais apreenderam quatro fuzis e pistolas. A Divisão de Homicídios foi acionada e faz perícia no local.
(com Estadão Conteúdo e Reuters)