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Minas Gerais: número de vítimas fatais sobe para 44

Relatório da Defesa Civil do estado informa ainda que há 19 desaparecidos. Governador Romeu Zema diz que ajuda humanitária é prioridade

Por Da Redação Atualizado em 27 jan 2020, 11h19 - Publicado em 26 jan 2020, 19h31
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  • A Defesa Civil de Minas Gerais divulgou na tarde deste domingo um novo boletim sobre as chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. Subiu para 44 o número de vítimas fatais. Belo Horizonte é a cidade mais afetada: 14 pessoas sucumbiram à tragédia. Na região metropolitana morreram 26 pessoas.

    Em comunicado, o órgão informa que 19 pessoas se encontram desaparecidas e doze estão feridas. Há 3.354 desabrigados e 13.887 desalojados. Noventa e nove dos mais de 800 municípios do estado foram declarados em estado de emergência.  As chuvas também atingem Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde nove pessoas morreram há uma semana.

    Um dos últimos corpos encontrados sob os escombros foi o de uma mulher em Vila Bernadete, bairro da periferia de Belo Horizonte, onde seis pessoas morreram após um deslizamento de terra que atingiu sete casas na encosta. No local, os bombeiros, que retomaram o resgate esta manhã, continuam procurando uma pessoa desaparecida em meio à lama e detritos. O motorista de aplicativo Audemar Carneiro, de 51 anos, é vizinho das casas que cederam e amigo dos falecidos. “Aqui era um lugar seguro. Mas choveu bastante. Foi uma tragédia não anunciada”, explicou. Carneiro também está desabrigado e, há duas noites, dorme na casa de um amigo.

    O governador Romeu Zema disse que irá priorizar a ajuda humanitária e que depois cuidará de obras emergenciais, que serão realizadas assim que as condições climáticas permitirem. “O Brasil precisa de um reordenamento urbano. Precisamos de políticas públicas consistentes, de longo prazo, que gradativamente venham a diminuir as zonas de risco. Caso contrário, veremos isso ocorrer muitas vezes”, afirmou.

    Da Índia, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo está “fazendo o possível”, apesar de a área atingida ser “muito grande”. “É difícil você atender a todos”, lamentou. Já Gustavo Canuto, ministro do Desenvolvimento Regional, sobrevoou a região afirmou que as vítimas da chuva terão a Bolsa Família e o saque do FGTS antecipado e que o governo federal irá se empenhar para ajudá-las.

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    A região está sendo castigada pelas piores chuvas desde que se tem registro. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que entre 9h00 de quinta-feira e 9h00 da sexta-feira Belo Horizonte acumulou 171,8 milímetros de chuva, o maior recorde em 110 anos de medição.

    A tragédia coincide com o primeiro aniversário, no sábado, do rompimento da barragem da Vale na cidade de Brumadinho, que deixou 270 mortos (11 deles desaparecidos) pela torrente de rejeitos que invadiu a região.

    Devido às chuvas, a mineradora avisou no domingo à noite que elevou para o segundo nível seu alerta de risco de rompimento – dos três possíveis – do dique Sul Inferior, do complexo minerador Gongo Soco (100 km a leste de Belo Horizonte), por “uma erosão na parte interna”.

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