A ex-senadora Marina Silva afirmou em seu blog nesta sexta-feira que seguirá com o processo de criação do partido Rede Sustentabilidade. A homologação da sigla a tempo para que Marina concorresse à Presidência da República em 2014 foi recusada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira. A corte entendeu que o partido não conseguiu reunir o mínimo de 492 000 assinaturas certificadas em cartórios eleitorais para obter seu registro. Em seu perfil no Twitter, Marina escreveu no início desta tarde: “A votação do TSE contrária à criação da Rede neste momento não representa uma derrota”.
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“Com o resultado, a Rede irá avaliar com sua executiva provisória e seu corpo jurídico todas as ações cabíveis para viabilizar a existência do partido, garantida pela Constituição”, escreveu Marina em nota divulgada no seu blog. A ex-ministra do Meio Ambiente atribuiu aos “entraves burocráticos” o resultado da votação do TSE. “Exigências descabidas e ilegais por agentes do estado, atrasos injustificados e regras inaplicáveis foram alguns dos entraves enfrentados pela Rede ao longo do processo de criação do partido”, afirmou. Para Marina, houve demora nos cartórios para o reconhecimento das assinaturas de apoio à criação do partido, além de assinaturas rejeitadas sem justificativa.
A executiva provisória da Rede marcou para as 15h desta sexta-feira uma coletiva onde anunciará o destino político de Marina, que tem até este sábado para se filiar a algum partido, se quiser entrar na corrida para o Palácio do Planalto.
Após o revés no TSE, a ex-senadora não descartou a possibilidade de se filiar a algum partido político nas próximas horas. Caso decida ficar de fora das eleições de 2014, haverá mudanças no cenário que se desenhava para a disputa. Com um capital político de 19,6 milhões de votos no pleito de 2010 (19,3% dos votos válidos), Marina aparece hoje como a mais bem colocada adversária na tentativa de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Além disso, sua presença na corrida presidencial é considerada crucial pela oposição para forçar a disputa de um segundo turno.