Mãe é suspeita de matar filho autista com sorvete envenenado

Laudos indicam que Cristiane Renata Coelho Severino colocou chumbinho no doce e o entregou ao filho. Crime ocorreu em novembro, em Fortaleza

Por Da Redação
16 abr 2015, 13h41

Veneno que matou o garoto Lewdo Bezerra, em novembro do ano passado, foi dado pela mãe, Cristiane Coelho (VEJA.com/Divulgação)

A Polícia Civil do Ceará indiciou nesta quarta-feira Cristiane Renata Coelho Severino, de 41 anos, sob suspeita de que ela tenha envenenado o próprio filho, Lewdo Bezerra, de apenas 9 anos, morto em novembro do ano passado. Segundo laudos periciais, Cristiane deu ao menino sorvete de morango misturado com “chumbinho” , veneno usado para controle de ratos. Ela também tentou envenenar o marido e pai da criança, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra. Ele chegou a ser apontado como suspeito do crime à época.

Para o delegado que investiga o caso, Wilder Brito, Cristiane queria se livrar do trabalho de cuidar de Lewdo, diagnosticado com autismo de grau elevado. Um amante também está entre as razões apontadas pelo delegado para o crime. “A partir de hoje, Cristiane é indiciada formalmente por homicídio e tentativa de homicídio”, disse Brito.

O subtenente foi considerado o principal suspeito da morte do filho e chegou a ser preso pelo crime, após se recuperar do envenenamento no Hospital Geral do Exército Brasileiro, onde ficou sob forte escolta militar. Em sua versão, Cristiane contou à polícia que foi obrigada a ingerir medicamentos para dormir e que o marido chegou a agredi-la. Quando acordou, ela teria se deparado com o filho morto. O conteúdo do celular e do notebook de Cristiane, recolhidos para perícia, no entanto, foram cruciais para definir que ela é a autora do crime. Um dos documentos mostra que, na mesma noite do ocorrido, ela buscou na internet como seria possível matar uma pessoa envenenada.

(Da redação)