O presidente Lula participou nesta quarta-feira, 1º, do ato unificado das centrais sindicais para o Dia do Trabalhador, em São Paulo. O evento começou por volta das 10h no estacionamento da Neo Química Arena, na Zona Leste da capital paulista, mas o petista iniciou sua fala por volta das 13h50. Com o tema “Por um Brasil mais justo”, o ato foi promovido por CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical e Pública.
Lula reafirmou a posição do governo sobre a folha de pagamentos, o que gerou um embate com o Congresso recentemente, e disse que “no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, mas “sim àqueles que trabalham e que vivem de salário”. O presidente também exaltou o diálogo entre os ministros e os parlamentares: “Todos os projetos que nós mandamos foram aprovados. E isso por competência dos ministros e dos deputados que aprenderam a conversar”, afirmou, sem citar os vetos já derrubados pelo Legislativo e a ação no STF que pediu a suspensão de trechos de desoneração.
Reivindicações
As centrais reivindicam “correção da tabela de Imposto de Renda, redução da taxa de juros, valorização dos serviços públicos, dos servidores e servidoras, salário igual para trabalho igual e aposentadoria digna”. O evento também teve a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e apresentações musicais.
O ato aconteceu em meio ao cenário de descontentamento de servidores federais e sindicalistas, inclusive as centrais historicamente ligadas ao PT, com o governo Lula. Os grupos cobram da gestão reajustes salariais e melhorias em outros benefícios. As centrais sindicais também reivindicam a promessa do presidente de uma compensação depois da perda da contribuição compulsória. Em tempos de desequilíbrio fiscal, contudo, tais aumentos não encontram espaço no orçamento. A resposta do Planalto às reivindicações foi alvo de críticas de servidores, que ameaçam realizar novas greves pelo país.