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Lobista acusado de fraude na merenda fecha delação premiada e é solto

Depois de três meses foragido, Marcel Ferreira Julio se entregou à Polícia Civil na quinta-feira em Bebedouro (SP). Por ter citado políticos com foro privilegiado, ele foi transferido à capital paulista

Por Da Redação
4 abr 2016, 18h24
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  • A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo decidiu não pedir prorrogação da prisão temporária do lobista Marcel Ferreira Julio. Filho do ex-deputado Leonel Julio, que presidiu a Assembleia Legislativa de São Paulo e foi cassado em 1976, Marcel teve a prisão decretada em janeiro na Operação Alba Branca por envolvimento com a organização que fraudava licitações em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

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    Após cerca de três meses foragido, Marcel se entregou na quinta-feira à Polícia Civil na delegacia seccional de Bebedouro, cidade paulista onde funcionava a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), base do grupo que fraudou contratos de fornecimento de merenda à Secretaria de Educação estadual de São Paulo. Para se livrar da prisão, o lobista fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral de Justiça.

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    Antes de selar as bases da colaboração, em reunião preliminar com procuradores do Ministério Público de São Paulo, Marcel apontou o envolvimento de assessores do deputado estadual Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, no esquema de corrupção. O lobista detalhou um contrato com a pasta da Educação do governo Alckmin em que teria ocorrido pagamento de propina. Segundo Marcel Julio, ele teria repartido 490.000 reais com Merivaldo dos Santos e Jeter Rodrigues, assessores do deputado.

    Na sexta feira, Marcel prestou um primeiro depoimento, de quase quatro horas, em Bebedouro. O lobista foi interrompido quando passou a citar nomes de políticos com foro privilegiado, como Fernando Capez, e transferido à capital paulista, onde no sábado prosseguiu depondo à força tarefa da Procuradoria-Geral de Justiça, a quem cabe investigar Capez e os outros políticos citados.

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    Em nota publicada em seu site, o deputado Fernando Capez repudiou com veemência o que chamou de “injusta citação de seu nome na Operação Alba Branca”, lembrou ter autorizado a abertura de seus sigilos bancário e fiscal antes que a Justiça o fizesse e apoiado a criação de uma CPI na Alesp para investigar a “máfia da merenda”.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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