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Líder Amish acusado de ataques, cárcere e abuso sexual nos EUA

A prisão de sete membros de uma comunidade Amish dos Estados Unidos, em um estranho caso de corte de barbas e cabelos, revelou acusações contra um líder desse hermético grupo religioso por agressão, cárcere em um galinheiro e abuso sexual de mulheres. Os ataques chocaram os Amish, pacifistas que rejeitam a ideia de vingança. Samuel […]

Por William Thomas Cain
24 nov 2011, 15h22
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  • A prisão de sete membros de uma comunidade Amish dos Estados Unidos, em um estranho caso de corte de barbas e cabelos, revelou acusações contra um líder desse hermético grupo religioso por agressão, cárcere em um galinheiro e abuso sexual de mulheres. Os ataques chocaram os Amish, pacifistas que rejeitam a ideia de vingança.

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    Samuel Mullet Sr., seus três filhos, um genro e dois seguidores de uma comunidade Amish em Bergholz, Ohio (norte), “prepararam uma série de ataques contra outros Amish com os quais tinham um conflito de caráter religioso”, segundo um comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgado na quarta-feira.

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    Durante os ataques, os acusados “pegaram vários Amish e cortaram a barba e o cabelo com tesouras e máquinas elétricas”, o que é considerado um grande insulto para a identidade destes protestantes americanos que recusaram o mundo moderno, disseram as autoridades.

    Os agressores queriam humilhar as vítimas, já que, de acordo com preceitos bíblicos seguidos por esta comunidade, em geral pacífica, a barba é um símbolo masculino e não deve ser cortada depois do casamento.

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    Os acusados são todos membros de uma comunidade dirigida com mão de ferro por Mullet, de 66 anos. Mullet chegou com a família a Bergholz, Ohio, em 1995, e se tornou líder espiritual do clã em 2003, provocando um cisma na comunidade por excomungar várias famílias.

    Nada na comunidade era decidido sem o consentimento de Mullet, indicou a acusação, baseada no testemunho de uma das filhas e de um genro do ex-patriarca.

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    Segundo o documento, divulgado depois de uma exaustiva investigação do FBI, Mullet impunha castigos severos a quem se opusesse a ele, como obrigar os membros da comunidade a dormir vários dias em um galinheiro ou permitir que alguns membros batessem em quem tivesse desobedecido. Também abusou sexualmente de mulheres casadas com a pretensão de exorcizá-las, de acordo com a acusação.

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    Ao que parece, Mullet tinha decidido começar expedições punitivas depois de que sua decisão de excomungar algumas famílias de Bergohlz tinha sido questionada em uma reunião de líderes religiosos Amish.

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    Os sete acusados podem pegar a pena máxima de prisão perpétua se forem condenados por discriminação religiosa.

    Atualmente, os Amish, descendentes dos protestantes que emigraram da Alemanha, da Suíça e da Alsácia no século XVIII, são cerca de 260 mil, na província canadense de Ontário, distribuídos em 28 estados, principalmente em Ohio e Pensilvânia.

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    Os membros deste grupo religioso cristão de doutrina anabatista, que proíbe o uso de televisão, computador e energia elétrica, ficaram conhecidos pelo famoso filme de 1984 “A Testemunha”, protagonizado por Harrison Ford.

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