A chegada da edição número 1 de VEJA, em 11 de setembro de 1968, foi acompanhada de uma tiragem robusta: 695 600 exemplares. Depois, ela desabou, caindo semana após semana, mas voltou a se recuperar com o tempo e, aos dezessete anos de vida, a edição 914, de março de 1986, fez história ao romper a barreira de 1 milhão de cópias, trazendo na capa o anúncio do Plano Cruzado. Hoje, VEJA sai todas as semanas com cerca de 860 000 exemplares, entre impressos e distribuídos por tablet e celular. Somando-se a esse número os recordes sucessivos de audiência no site, VEJA chegou a um novo marco histórico: a revista terminará o ano de 2018 com o maior contingente de leitores — nas versões impressa e digital — dos seus cinquenta anos de existência.
Em outubro, o site de VEJA registrou 55,75 milhões de visitantes únicos, de acordo com a Google Analytics, como resultado da cobertura da campanha eleitoral. Das 100 notícias mais acessadas, só a 97ª não estava relacionada à votação. Quando a temperatura do noticiário arrefece, porém, a expansão da audiência do site tem se mantido. Em 2017, sem eventos esportivos ou políticos grandiosos, a audiência aumentou 38% sobre o ano anterior. É um crescimento que decorre de uma gama de fatores, entre eles a estreia das colunas assinadas por Dora Kramer e Ricardo Noblat e furos jornalísticos como os áudios que comprometeram a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, revelados em primeira mão pelos repórteres da sucursal de Brasília.
Diferenciar-se do conteúdo disponível em qualquer esquina da internet é crucial. “O jornalismo profissional fica ainda mais relevante no meio dessa cacofonia que as redes sociais criaram, em que ele se destaca como instância verificadora dos fatos”, diz Rosental Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo das Américas, no Texas. “As pessoas estão buscando os títulos que conhecem para encontrar reportagens de qualidade e conseguir entender o que é verdade”, avalia Claire Wardle, diretora do First Draft, projeto da Universidade Harvard de combate à desinformação on-line.
Nesse contexto, VEJA obtém números expressivos mesmo em comparação com gigantes internacionais. Os 7 milhões de seguidores da revista no Facebook superam os de jornais como o americano The Washington Post (6,2 milhões). Os 8 milhões de seguidores no Twitter ultrapassam os 6,7 milhões do espanhol El País ou os 7,4 milhões do inglês The Guardian. Ao longo de 2018, a Copa do Mundo da Rússia, o Festival de Cannes ou o casamento do príncipe Harry com a atriz Meghan Markle tiveram coberturas in loco específicas para os stories do Instagram. Imagens em 360 graus, disparo de notícias por WhatsApp e outros novos canais foram usados ao longo do ano para reportar diferentes histórias.
Há duas semanas, VEJA estreou boletins noticiosos em áudio no Google Assistente, aplicativo disponível nos celulares dos sistemas Android e iOS. Basta dizer “ouvir as notícias de VEJA” para que o boletim seja reproduzido em viva voz. Vem mais por aí. Seja em que formato for, VEJA zela por apresentar um jornalismo de qualidade e que faça diferença para seus milhões de leitores — aos quais agradece pela confiança.
Publicado em VEJA de 28 de novembro de 2018, edição nº 2610