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Incêndio no Museu Nacional começou no ar-condicionado, aponta laudo

Documento concluiu que falhas na instalação elétrica são as mais prováveis causas do fogo, que consumiu a maior parte do acervo da instituição

Por Da Redação
Atualizado em 4 abr 2019, 15h49 - Publicado em 4 abr 2019, 15h29
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  • Laudo da investigação a respeito do incêndio no Museu Nacional, ocorrido em setembro do ano passado no Rio de Janeiro, concluiu que falhas na instalação elétrica são as mais prováveis causas do fogo, que consumiu a maior parte das 12.000 peças do acervo da instituição.

    O resultado do trabalho dos peritos, que embasará o inquérito da Polícia Federal, apontou um ar-condicionado instalado em um auditório no térreo da edificação como o foco do início do fogo. O aparelho estava instalado sem seguir as recomendações do fabricante.

    “Deveria ter um disjuntor para cada ar-condicionado. Havia um para os três. Não estava seguindo a recomendação do fabricante”, afirmou o perito Marco Antonio Zatta. O profissional, no entanto, argumentou que não foi possível identificar apenas uma única causa, sendo o incêndio resultado de um conjunto de erros. “A gente não conseguiu identificar uma causa única, foram várias situações.”

    Ainda na parte elétrica, Zatta citou a deficiência no aterramento dos fios. “É outro motivo. Ele havia sido feito na parte externa, mas não na interna. Foi feito pela metade”, criticou o perito.

    O profissional argumentou ainda que nem todas as câmeras de monitoramento do museu estavam funcionamento, sendo que entre as que estavam, nenhuma cobria o local do foco inicial do incêndio. A equipe considerou também imagens captadas por alguns dos equipamentos que estavam no museu, bem como fotografias divulgadas na internet que mostram a configuração do interior do prédio.

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    Foram descartadas as hipóteses de incêndio criminoso ou até da eventual queda de um balão. O trabalho foi realizado nos dias seguintes ao incêndio, com uma equipe formada por sete peritos.

    Investigação

    A partir de agora, o documento será utilizado para identificar quem seriam os responsáveis pelas falhas apontadas no laudo. Eles poderão responder por incêndio culposo ou até mesmo doloso.

    Questionado sobre o tema, o delegado Paulo Teles, que atua no inquérito, se limitou a dizer que a Polícia Federal “ainda tem diligências em andamento”.

    (Com Estadão Conteúdo)

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