Justiça aceita denúncia e anestesista vira réu por estupro de vulnerável
Flagrado abusando de mulher sedada durante uma cesariana, Giovanni Quintella Bezerra responderá ao Tribunal de Justiça do RJ

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público contra o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, filmado estuprando uma mulher durante uma cesariana no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, no dia 10 de julho. O médico vai responder como réu pelo crime de estupro de vulnerável.
O caso foi recebido na sexta-feira, 15, pelo juiz Luís Gustavo Vasques, da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Em sua decisão, o juiz destaca que a denúncia oferecida pelo Ministério Público preenche os pressupostos legais, contendo a exposição dos fatos criminosos “com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e o rol de testemunhas”.
De acordo com o documento do MP, Giovanni Quintella Bezerra praticou atos libidinosos diversos com a vítima, uma parturiente impossibilitada de oferecer resistência em razão da sedação anestésica ministrada. A denúncia sustenta que o acusado abusou da relação de confiança que mantinha com a vítima, valendo-se da autoridade que exercia como médico ao aplicar a substância de efeito sedativo.
O crime foi filmado pela equipe de enfermagem, que comunicou o caso à chefia do Hospital. Com as imagens registradas, o médico foi preso em flagrante, e encaminhado ao presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Até agora, 23 testemunhas foram ouvidas, e a justiça busca outras possíveis vítimas de Bezerra, apontado pelas autoridades como um criminosos em série.
Para preservar e resguardar a imagem da vítima, foi decretado sigilo no processo. O médico, que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante uma audiência de custódia na última terça-feira, 12, terá um período de 10 dias para apresentar sua defesa sobre o caso.