A 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro aceitou denúncia contra os policiais militares Fábio Barros Dias e David Gomes Centeno, acusados de fazer os disparos que mataram a adolescente Maria Eduarda Alves da Conceição, 13 anos, em março deste ano. Maria Eduarda estava dentro da escola quando foi atingida pelos tiros.
Segundo o Ministério Público, durante uma operação policial no Morro da Pedreira, por volta das 16h, os dois acusados se posicionaram em frente à Escola Municipal Jornalista Daniel Piza para abordar criminosos que pudessem fugir por aquela rua. A escola funcionava normalmente, já que era uma quinta-feira em horário escolar.
Quando criminosos armados chegaram ao muro da escola, fugindo da operação, os policiais, armados com fuzis, atiraram contra eles, na direção da unidade de ensino. Segundo o MP, quatro desses tiros atingiram Maria Eduarda. De acordo com a denúncia apresentada, os policiais tinham consciência do risco de atingir as pessoas que estavam dentro da escola.
Insegurança
A adolescente foi mais uma vítima da grave onda de violência que atinge o Rio de Janeiro. Em julho, o presidente Michel Temer (PMDB) assinou um decreto de Garantia da Lei de da Ordem que autorizou o emprego de 8,5 mil militares das Forças Armadas para reforçar a segurança dos cariocas.
O reforço conta ainda com 620 militares da Força Nacional de Segurança e 1.120 da Polícia Rodoviária Federal, distribuídos em avenidas e outras vias de acesso. Os agentes ficarão na cidade até dezembro de 2018.
(Com Agência Brasil)