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Justiça absolve ex-deputados retratados em série da Netflix

'Bandidos na TV' mostra suposto envolvimento de programa de TV com criminalidade; Justiça não viu provas

Por Leonardo Lellis 31 jul 2021, 11h11

O Tribunal de Justiça do Amazonas absolveu o ex-deputado federal Carlos Souza e seu irmão, o ex-deputado estadual Fausto Souza do crime de associação para o tráfico de drogas, pelo qual haviam sido condenados a 15 anos de prisão. A Primeira Câmara Criminal do TJAM entendeu que não haviam provas suficientes para sustentar a sentença de primeira instância.

Os dois são irmãos do também político e apresentador Wallace Souza, morto em 2010, sem julgamento. O trio se revezava no comando do programa Canal Livre, campeão de audiência em Manaus entre os anos 1990 e 2000 com um programa policial ao estilo mundo-cão. A atração também alavancou a carreira política dos três.

O programa deu origem à série documental Bandidos na TV, da Netflix, que narra os suposto envolvimento dos três irmãos com o crime organizado da capital do Amazonas: os crimes noticiados seriam encomendados para se conseguir furos jornalísticos para angariar mais telespectadores. 

As investigações tiveram origem a partir do depoimento de um ex-policial militar preso em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo em 2008.

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Segundo a denúncia do Ministério Público, Fausto e Carlos utilizavam o programa para obter informações privilegiadas sobre o funcionamento de pontos de venda de traficantes concorrentes e planejavam reportagens para prejudicar o comércio de rivais, contando com o apoio de policiais do Departamento de Inteligência da Polícia Militar do Amazonas.

Para o desembargador, João Mauro Bessa, não há provas no processo que permitam chegar a esta conclusão. “Nada há nos autos que corrobore a versão acusatória na medida em que mesmo as provas inquisitoriais não revelam com clareza a possível participação de Carlos e Fausto nos episódios narrados”, escreveu. Além de Carlos e Fausto, outras quatro pessoas foram absolvidas por unanimidade. 

“A defesa técnica sempre sustentou que a acusação era desfundamentada e com forte componente político. Este processo foi a causa direta da morte de Wallace. Mais uma vez se comprova que o processo penal não pode ser espetacularizado e que o cidadão tem direito a um julgamento técnico, baseado apenas nas provas dos autos”, afirma o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de Carlos Souza.

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