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João de Deus: ‘Me entrego à Justiça divina e à da Terra’

Médium acusado por mais de 300 mulheres de abuso sexual deu breve declaração antes de se apresentar à polícia de Goiás na tarde deste domingo

Por Da redação
Atualizado em 16 dez 2018, 19h52 - Publicado em 16 dez 2018, 18h19
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  • João de Deus recebeu ajuda de advogado Ronivan Peixoto de Moraes (Monica Bergamo/Folhapress)

    Pouco antes de se entregar à polícia de Goiás neste domingo, 16, o médium João de Deus deu uma breve declaração à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Questionado por que passou as últimas horas foragido, ele alegou que decidiu se apresentar às autoridades assim que soube do pedido de prisão preventiva — anunciado pelo Ministério Público de Goiás na sexta-feira 14.

    “Na hora que eu fiquei sabendo, me entrego à Justiça divina e à Justiça da Terra, que eu prometi, e estou indo agora me entregar”, disse em vídeo, no qual aparece ao lado do advogado Ronivan Peixoto de Moraes. “Fiquei sabendo pelo meu advogado que está aqui presente, o doutor (Alberto) Toron”, completou, citando o outro criminalista que o defende.

    João de Deus, então, encerrou rapidamente a entrevista e, segundo informações da Folha, passou mal. Cardíaco, ele estava trêmulo e pediu para tomar um remédio sublingual.

    João de Deus se entregou à polícia neste domingo, 16, nas proximidades de Abadiânia (GO) e foi preso, por volta das 16h30. O líder espiritual de 77 anos foi acusado por mais de 300 mulheres de abuso sexual.

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    No último dia 12, ele retirou 35 milhões de reais de contas e aplicações financeiras após as primeiras denúncias de abuso sexual, segundo informações do Ministério Público e da Polícia Civil de Goiás. A movimentação financeira suspeita acelerou o pedido de prisão preventiva, determinado pela Justiça na tarde de sexta-feira 14. 

    Os relatos de abuso sexual vieram à tona no dia 8, quando o programa Conversa com Bial, da TV Globo, apresentou depoimentos de mulheres que se sentiram abusadas. Dois dias depois que os primeiros relatos foram divulgados, o Ministério Público e a Polícia Civil de Goiás formaram forças-tarefas para investigar os casos. Já foram coletados mais de 330 depoimentos. Desse total, 30 mulheres formalizaram até o momento as acusações.

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    Nesta semana, somente na cidade de Abadiânia, onde funciona a Casa Dom Inácio, foram iniciados três inquéritos. Eles se juntam a outros três que já haviam sido abertos antes de os depoimentos contra João de Deus serem divulgados na TV.

    Uma das mulheres que o denunciaram foi sua própria filha, Dalva Teixeira, de 49 anos. Em entrevista exclusiva a VEJA, ela relatou o calvário pessoal que enfrentou a partir dos 10 anos de idade. “Meu pai é um monstro”, contou Dalva. 

    João de Deus não era visto publicamente desde a última quarta, quando visitou a casa Dom Inácio de Loyola e, em pronunciamento rápido, garantiu inocência e disse estar à disposição da Justiça. A Polícia Civil percorreu mais de 20 endereços para tentar encontrá-lo antes de João de Deus se entregar.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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