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Indígenas ianomâmi com alta hospitalar voltam para o território

Outros 62 paciente também foram liberados, mas ainda aguardam voos para retornar às suas terras. Laboratório analisará possível contaminação por mercúrio

Por Da Redação 15 fev 2023, 22h45

Um grupo de dez indígenas recebeu alta hospitalar em Boa Vista e retornou para o território Yanomami, na região oeste de Roraima. A informação consta no boletim diário atualizado nesta quarta-feira (15) pelo Centro de Operações de Emergências (COE), do governo federal. Segundo o informe, outros 62 indígenas também já tiveram alta, mas ainda aguardam disponibilidade e voos para retornar às suas terras. Ao todo, já foram concedidas 153 altas hospitalares, mas o COE não detalhou quantas dessas pessoas conseguiram retornar para a terra indígena.

A população ianomâmi vive uma crise humanitária grave. Afetados pela presença do garimpo ilegal em suas terras, os indígenas dessa região convivem com destruição ambiental, contaminação da água, propagação de doenças e violência. A situação é histórica, mas se agravou nos últimos quatro anos. Um dos principais pontos de apoio na capital roraimense, a Casa de Saúde Indígena (Casai), ainda está superlotada. São 719 pessoas no local, entre pacientes em tratamento e seus acompanhantes. A Casai, no entanto, tem capacidade para menos de 300 pessoas. O governo federal anunciou reformas na infraestrutura da unidade, como troca de telhas das malocas e a construção de sete novos banheiros.

Na terra indígena, por outro lado, serão definidos quatro locais para a instalação de Centrais de Filtragem de Água, informou o COE. A água contaminada ou sem o devido tratamento básico é um das mais recorrentes fontes de adoecimento do povo ianomâmi. A diarreia aguda, por exemplo, está entre as doenças mais registradas.

Novos profissionais

O COE confirmou que 12 novos profissionais de saúde da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) já estão em Roraima para reforçar os atendimentos na terra indígena. Eles passarão por capacitação na Casai antes de embarcarem para o território. Também nesta quarta-feira chegaram os primeiros módulos para a instalação do laboratório que analisará amostras de sangue e cabelos de pacientes. O objetivo é verificar uma possível contaminação por mercúrio, metal pesado utilizado no garimpo ilegal. Inicialmente, essas amostras serão coletadas de crianças, gestantes e idosos.

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O governo ainda informou sobre a chegada de mais 600 cestas básicas na Base Aérea de Boa Vista. Os alimentos deverão ser distribuídos no território no decorrer dos próximos dias.

Com Agência Brasil

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