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“História queimada”, diz imprensa mundial após tragédia no Museu Nacional

Jornais internacionais relacionaram incêndio ao descaso das autoridades e à instabilidade do Brasil

Por Da Redação
Atualizado em 3 set 2018, 13h51 - Publicado em 3 set 2018, 09h15
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  • O incêndio que atingiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro neste domingo (2) foi notícia em todo mundo. A imprensa internacional fala em uma grande tragédia que danificou centenas de anos de história, causada pela crise política e econômica brasileira.

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    “História queimada”, afirmou o Corriere della Sera, da Itália. “O mais antigo e importante museu de história e ciências naturais do Brasil não existe mais”.

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    “O desastre é incontável em termos econômicos e culturais”, disse o jornal italiano, que mencionou também a falta de fundos para hidrantes e segurança contra incêndios no local.

    Corriere della Sera (Corriere della Sera/Reprodução)

    O New York Times lembrou que o museu, que completou 200 anos em junho, é a instituição científica mais antiga do Brasil e possui as maiores coleções de história natural e antropologia do país.

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    “Mas o museu caiu em desuso nos últimos anos, enquanto o próprio país lutava contra uma economia paralisada e instabilidade política”, afirma o NYT.

    O site da emissora britânica BBC traz o caso como sua manchete e também faz um paralelo entre a tragédia e a crise econômica e política enfrentada pelo Rio de Janeiro e pelo Brasil. “Não é apenas a história brasileira que está em chamas. Muitos veem o caso como uma metáfora para a cidade – e para o país como um todo”, diz.

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    BBC (BBC/Reprodução)

    O jornal El País, da Espanha, lembrou que a instituição não recebia integralmente o dinheiro “que necessitava para sua manutenção há quatro anos”. “Ao menos 10 dos 30 espaços de exposição estavam fechados e somente 1% da coleção estava exposto ao público”, diz.

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    El País (El País/Reprodução)

    Já o francês Le Monde fala em “200 anos de história que desapareceram” e lembra parte da coleção do museu, que contava com arte greco-romana, egípcia e peças de paleontologia, bem como o mais antigo fóssil humano já descoberto no Brasil, conhecido como Luzia.

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    A emissora americana CNN também exaltou a rica coleção da instituição, que possuía “artefatos inestimáveis ​​que datam de séculos atrás”.

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    CNN (CNN/Reprodução)

    O Museu Nacional tem três andares e prédios anexos, localizados na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte da capital.

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    O incêndio começou por volta das 19h30 deste domingo. Homens e viaturas de 21 quartéis trabalharam na operação. Problemas de abastecimento de água, acesso ao local e a elevada quantidade de material inflamável dificultaram a ação.

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    O Museu Nacional do Rio reunia um acervo de mais de 20 milhões de itens de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia. No local, estava a maior coleção de múmias egípcias das Américas, havia ainda esqueletos de dinossauros e várias peças de arte.

    É a mais antiga instituição histórica do país, pois o local foi fundado por dom João VI, em 1818. O museu é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com perfil acadêmico e científico. Tem nota elevada nos institutos por reunir pesquisas diferenciadas, como esqueletos de animais pré-históricos e livros raros.

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