O governo federal deu sinal verde para que três dos 21 frigoríficos investigados voltassem a operar normalmente duas semanas depois da deflagração da operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Um auditoria não encontrou problemas nas unidades Argus, de São José dos Pinhais (PR), Breyer, de União da Vitória (PR) e Frigosantos, de Campo Magro (PR). A decisão permite que eles voltem a exportar, segundo o Ministério da Agricultura, e os retira do Regime Especial de Fiscalização (REF), no qual toda a produção é checada pelos fiscais antes de deixar o estabelecimento.
Esse foi o saldo das três primeiras auditorias concluídas. Há outras seis ou sete em fase final, apenas aguardando informações complementares dos frigoríficos. Só o fim de cada auditoria permite ao governo dizer, com todo o embasamento possível, que os produtos daquele frigorífico são seguros. A auditoria envolve, entre outros procedimentos, exames que detectam risco de contaminação, presença de bactérias ou o uso de substâncias proibidas. Ela também verifica se há fraudes econômicas, como o excesso de água no frango ou de amido nos embutidos.
Os principais mercados compradores de carne e derivados brasileiros foram reabertos ao longo das últimas duas semanas, mas um balanço divulgado na sexta-feira mostrava 18 mercados totalmente fechados ao produto brasileiro. Entre eles, estão vários países do Caribe. Por isso, está sendo programada uma reunião com embaixadores dessa região nesta semana.
(com Estadão Conteúdo)