Fotos mostram luxo da casa em que Abdelmassih vivia no Paraguai

Segundo o dono da imobiliária, o ex-médico e sua mulher firmaram o contrato de aluguel no início de 2011, pouco depois da fuga do Brasil

Por Jean-Philip Struck, de Assunção
23 ago 2014, 14h59

**1/12** Casa onde vivia Roger Abdelmassih enquanto estava foragido em Assunção, no Paraguai *(Divulgação/VEJA)*

**2/12** Área externa da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai *(Divulgação/VEJA)*

**3/12** Hall da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai *(Divulgação/VEJA)*

**6/12** Mansão de Roger Abdelmassih em Assunção no Paraguai *(Ivan Pacheco/VEJA.com)*

**8/12** Na garagem da mansão de Abdelmassih no Paraguai, um automóvel Mercedes E350 *(Ivan Pacheco/VEJA.com)*

**9/12** Cozinha da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai *(Divulgação/VEJA)*

**11/12** Banheiro da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai *(Divulgação/VEJA)*

Fotografias reveladas pela imobiliária que alugou a casa onde Roger Abdelmassih se escondeu nos últimos três anos e meio no Paraguai, obtidas pelo site de VEJA, mostram que o ex-médico levava um cotidiano confortável no luxuoso espaço em Assunção. As imagens são da época em que o imóvel estava sendo oferecido para locação, entre 2009 e 2011.

Segundo o dono da imobiliária Saturno, Miguel Portillo, o ex-médico e sua mulher, Larissa Sacco, firmaram o contrato de aluguel no início de 2011, pouco depois da fuga de Abdelmassih do Brasil. O aluguel da casa, que fica no bairro de elite de San Cristóbal, tem mais de 600 m², piscina, churrasqueira, quatro quartos, sete banheiros, sauna e jacuzzi era de 5.000 dólares por mês. Na garagem, ainda permanece a Mercedes E350 usada pelo ex-médico. Após a prisão, na terça-feira, Larissa devolveu as chaves à imobiliária e deixou o imóvel.

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A imobiliária já retomou a casa, mas afirma que pretende aguardar a volta de Larissa até o final do mês para fazer a retirada dos objetos pessoais do casal. Ele afirma que não tinha nenhuma ideia de quem Abdelmassih realmente era e que ele estava sendo procurado pelas autoridades brasileiras. Segundo Portillo, Abdelmassih se apresentava como Ricardo Galeano – o nome falso que usou em sua temporada no Paraguai – e costumava pagar os aluguéis de maneira irregular, dando como desculpa que precisava aguardar a chegada do dinheiro do Brasil. “Ele me parecia uma pessoa excelente. Nunca deu mostras de que era médico. Só me interessava que ele me pagasse”, disse Portillo ao site de VEJA.

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No final da semana, o Ministério Público e a polícia realizaram buscas no imóvel e encontraram uma arma de fogo, computadores e recibos de transações financeiras em nome de Galeano.

Para as autoridades paraguaias, o comportamento discreto, mas confiante, de Roger Abdelmassih demonstra que sua permanência no país sul-americano só foi possível graças à ajuda de amigos poderosos. Na quarta-feira, a polícia revelou que o ex-médico vinha usando um documento de identidade nacional paraguaia falsificado, com o nome de Ricardo Galeano, e com data de nascimento 06/02/1949. O documento apesar de conter alguns erros de padronização, foi feito com material original e seus dados constavam no sistema informatizado de identidades do país, indicando que alguém conseguiu inserir ilegalmente essas informações. Tanto a polícia quanto o Ministério Público paraguaio investigam o caso.