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Flamengo diz que contêineres utilizados no CT tinham tecnologia antichamas

Empresa responsável pelas estruturas admite a presença de poliuretano, considerado inflamável, mas declara uso de tecnologia contra incêndios

Por Da Redação Atualizado em 11 fev 2019, 05h03 - Publicado em 11 fev 2019, 01h03
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  • O Flamengo e a NHJ do Brasil (empresa responsável pela produção dos contêineres que incendiaram no CT do clube na última sexta-feira) se pronunciaram em notas oficiais neste domingo 10. Na mesma data, o IML concluiu a identificação dos corpos dos dez mortos na tragédia.

    As duas instituições confirmaram que os contêineres utilizados como alojamento pelos atletas das categorias de base do clube possuíam poliuretano em sua composição – material considerado inflamável e considerado uma das causas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou 242 mortos em 2013. Fizeram a ressalva, porém, de que a estrutura possuía tecnologia antichamas.

    O Flamengo descreveu a NHJ como “pioneira e uma das líderes do mercado” e afirmou que a companhia “detém todas as certificações exigidas pela legislação brasileira, em especial a ISO 9001”

    “Os módulos habitacionais utilizados pelo clube atendem a todas as exigências das normas NR-18 e NR-24.  Vale ressaltar que representantes da empresa NHJ – em reunião realizada na manhã deste domingo, na sede da Gávea – esclareceram que o poliuretano utilizado entre as chapas metálicas não é propagador de incêndios, por ter característica auto-extinguível”, declarou o clube.

    A NHJ, em seu comunicado, descreveu com mais detalhe a composição dos contêineres.

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    “A NHJ do Brasil, assim como o país, está enlutada em razão da trágica morte de jovens jogadores de futebol. Desde as primeiras horas, a equipe técnica da empresa se colocou à disposição do Clube de Regatas do Flamengo para, junto ao clube, entender as causas do incêndio. A respeito da relação que a empresa tem com o CRF, desde 2006 a NHJ fornece ao clube soluções em contêineres modulados”, diz a nota da companhia.

    “A empresa esclarece que seus produtos são fabricados de acordo com os padrões técnicos internacionais e obedece a todas as exigências técnicas, inclusive de segurança. Os módulos habitáveis instalados no Ninho do Urubu são constituídos de estrutura metálica com fechamento em painéis termoacústicos (chapa de aço galvanizado com miolo em poliuretano expandido injetado auto extinguível). Em outras palavras, os módulos são feitos de metal e preenchidos com material antichamas. Embora as causas do incêndio ainda sejam desconhecidas, a NHJ do Brasil está colaborando para a apuração dos fatos e, desde o primeiro momento, disponibilizou a sua equipe técnica”, complementa a NHJ.

    Manutenção dos aparelhos de ar condicionado

    Em seu pronunciamento, o Flamengo reforçou também que os aparelhos de ar-condicionado utilizados no alojamento estavam com a manutenção em dia. De acordo com relatos, o incêndio poderia ter começado com a explosão de um dos aparelhos.
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    “A empresa COLMAN REFRIGERAÇÃO LTDA. – ME, inscrita no CNPJ sob o n° 00.634.203/0001-30, realizou no último dia 5 de fevereiro a manutenção preventiva de rotina nos 6 aparelhos de ar-condicionado instalados no alojamento modular utilizado pelos atletas das categorias de base do Clube de Regatas do Flamengo, no Centro de Treinamento George Helal – nos termos do contrato de prestação de serviços firmado em 1º de agosto de 2013 e atualmente com prazo de vigência até 31 de agosto de 2019. Todas as demais questões serão tratadas, no momento oportuno, com as autoridades competentes com as quais o Flamengo já está colaborando”, declarou o clube.
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