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“Falamos ‘facebook’ mesmo”

Nascido na aldeia Umutina, em Mato Grosso, o estudante de letras, de 22 anos, fala sobre o livro didático bilíngue que prepara para garantir a sobrevivência do seu idioma nativo

Por Da Redação
15 abr 2012, 08h00
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  • Quantas pessoas falam umutina?

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    A aldeia tem 600 pessoas, mas só os mais velhos falam. os novos aprendem só português. Eu só sei falar porque um ancião me ensinou.

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    Além de traduzir palavras, você vai codificar a estruturada língua?

    Sim, é fundamental para ensinar as crianças. Por exemplo, para o plural, não usamos a letra s no final. o que fazemos é colocar uma palavra que indica “grande quantidade” perto do substantivo. Assim: peixe é “haré”; peixes, “haré makeawá”.

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    E os verbos?

    Muitas vezes, não temos necessidade de usá-los. Para dizer “o rio Paraguai tem muitos peixes”, por exemplo, é só acrescentar olaripó, que é o nome que damos ao rio, à frase anterior: “olaripó haré makeawá”.

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    Há distinção entre gêneros?

    Para substantivos e adjetivos, não. A distinção é só para alguns nomes próprios.

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    Como ficam palavras que designam coisas novas, como Facebook?

    Fazemos como em português: adotamos o estrangeirismo. Não há nenhum problema nisso. Na aldeia, nós falamos “facebook” mesmo.

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    Os índios umutina usam Facebook?

    A 15 quilômetros da aldeia há uma conexão com a internet. Todos os meus amigos usam.

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