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Ex-assessor de Capez diz conhecer lobista, mas nega ter recebido por ‘ajuda’ à Coaf

Jeter Rodrigues reconhece ter encaminhado reclamação da cooperativa alvo da Alba Branca à Secretaria de Educação de São Paulo. Ele nega ter falado em nome do tucano junto à Coaf

Por Da Redação 22 fev 2016, 16h30
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  • Acusado por integrantes do esquema de corrupção que fraudou contratos de fornecimento de merenda escolar em São Paulo de receber propina, Jeter Rodrigues contradisse ao site de VEJA as versões de Marcel Ferreira Julio, lobista apontado como operador do esquema, Cássio Chebabi, ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), e Carlos Luciano Lopes, vendedor da cooperativa. Funcionário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) há 40 anos e ex-assessor do tucano Fernando Capez (PSDB), presidente da Alesp, Jeter diz não ter prestado serviços remunerados à cooperativa e nem falado em nome de Capez junto à Coaf.

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    De acordo com Luiz Fernando Pacheco, advogado de Marcel, o lobista e Jeter foram os responsáveis por “destravar” uma chamada pública vencida pela cooperativa, mas que não havia sido executada. “Marcel estava procurando uma solução para a Coaf, que estava habilitada a fornecer para a Secretaria, mas não era chamada. Ele foi duas vezes ao comitê do Capez e o Jeter se apresentou, dizendo que ‘o deputado não tem como interferir, mas eu posso fazer um trabalho paralelo às minhas atribuições como funcionário da Assembleia'”. Foragido desde a deflagração da Operação Alba Branca, em janeiro, Marcel dirá à Justiça, segundo seu advogado, que Rodrigues foi contratado pela Coaf, recebeu pelos serviços e passou recibos, cujos valores diz desconhecer.

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    Jeter confirma ter atendido dois funcionários da Coaf no gabinete de Capez em agosto de 2014 e questionado a Secretaria de Educação de São Paulo a respeito do contrato não executado. Ele nega, no entanto, ter pedido e recebido dinheiro pela ajuda. “Vieram reclamar que tinham ganhado uma concorrência e, passado quase um ano, ainda não tinham sido autorizados a entregar os produtos. Liguei para a Secretaria e me informaram de que aquela licitação havia sido cancelada e que iria haver uma nova licitação”, diz o funcionário da Alesp, demitido por Capez de seu gabinete depois de tentar indicar em nome do tucano um delegado de polícia a um cargo público em São Paulo.

    Segundo o ex-assessor de Capez, os representantes da cooperativa que ele recebeu para tratar do contrato bloqueado eram Marcel Ferreira Julio, filho do ex-deputado Leonel Julio, de quem Jeter se diz amigo, e o vendedor César Augusto Bertholino. Embora as conversas com Marcel e Bertholino tenham ocorrido no gabinete de Fernando Capez, Jeter afirma não ter falado em nome do deputado. “Todas as pessoas que vinham ao gabinete eu atendia e dava o encaminhamento necessário, dentro dos limites como funcionário”, explica.

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    Outra acusação rebatida por Jeter foi feita por Cássio Chebabi em sua delação premiada e pelo vendedor da Coaf Carlos Luciano Lopes. Segundo ambos, o funcionário da Alesp recebeu propina de 50.000 reais em um cheque, que teria sido devolvido por falta de fundos e pago a Jeter, cerca de um ano depois, por meio de Marcel. Filiado ao PSDB desde abril de 2001, Jeter também refuta o depoimento em que o ex-presidente da Coaf diz que ele receberia 1% de propina sobre os contratos firmados entre a cooperativa e a Secretaria de Educação paulista. “Não conheço Cássio. Eu só conheço, da Coaf, o César e o Marcel”.

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