Em missa de Aparecida, arcebispo diz que a direita é ‘violenta e injusta’
Dom Orlando Brandes falou sobre o dragão do tradicionalismo e que o Papa e o Sínodo estão sendo fuzilados
Durante a missa solene no Santuário Nacional, maior templo católico do país, em celebração à Padroeira neste 12 de outubro, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, criticou a corrupção e disse que a direita é “violenta e injusta”. No feriado, são esperados 170 000 romeiros em Aparecida. O presidente Jair Bolsonaro tem agenda na basílica às 16h e um encontro com o arcebispo.
Ao citar o sínodo para a Amazônia, o arcebispo discursou sobre a defesa da vida. “Bendito seja o Sínodo da Amazônia, que está pensando na vida daquelas árvores, daqueles rios, daqueles pássaros, mas principalmente daquelas populações. Muitos de nossos parentes estão lá”, afirmou.
Depois, fez uma referência aos dragões: “claro que nas escrituras o dragão é o demônio, é o dragão, é o diabo, é o mal que se organiza no mundo. (…) Livrai-nos do mal e nós então livramos a vida para que inclusive, para que no Brasil, nossas crianças não morram mais de uma bala perdida, nossos jovens não se suicidem e nossos idosos tenham lugar de dignidade para viver e sobreviver. O dragão do pecado”.
Na sequência, o arcebispo falou sobre o tradicionalismo e a corrupção: “Temos o dragão do tradicionalismo. A direita é violenta, é injusta, estamos fuzilando o Papa, o Sínodo, o Concílio Vaticano Segundo. Parece que não queremos vida, o Concílio Vaticano segundo, o evangelho, porque ninguém de nós duvida que está é a grande razão do sínodo, do concílio, deste santuário, a não ser a vida, como já falei.
Ah, e aquele dragão, que ainda continua, estão sendo facilitados agora os caminhos, do dragão da corrupção, que tira o pão da nossa boca e aumenta as desigualdades sociais, que a mãe não pode ficar alegre com filhos desempregados,com filhos sofrendo uma violência injusta, com filhos e filhas não tendo nem como sobreviver cada dia, talvez até a cada minuto da vida. Dragão é o que não falta, mas a fé vence”.