Destino de aeroportos opõe prefeito Eduardo Paes e o governo federal
Transferência de voos que acontecerá por meio de projeto de lei é nova rota de colisão entre o prefeito da cidade do Rio e gestão Lula
Na contramão da expectativa do governo e da prefeitura do Rio, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse, nesta segunda-feira, 7, que a redução do número de voos no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, com a manutenção apenas para dois destinos (Brasilia e Congonhas), terá que ser feita via projeto de lei. Segundo ele, será um PL votado com urgência, e a forma de implementar a medida já teria sido avalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um dos principais defensores da mudança, que devolveria os voos para o Aeroporto Internacional do Galeão, o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, reagiu, afirmando que não há necessidade de projeto de lei para restringir voos, bastaria uma portaria. Avalia que a tramitação pode atrasar as transferências dos voos, que considera urgente.
Desde o começo do mandato de Lula, a transferência de voos vem sendo debatida entre os governos estadual e federal e a prefeitura do Rio. O Galeão vem sendo subutilizado – apenas 20% de sua capacidade, que é de 37 milhões de passageiros por ano.