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Depois do PMDB, PTB fecha questão por reforma da Previdência

Presidente do partido, ex-deputado Roberto Jefferson defende mudanças na aposentadoria; decisão da legenda aumenta pressão sobre o PSDB

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h32 - Publicado em 6 dez 2017, 16h02
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  • O presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), anunciou na tarde desta quarta-feira que o partido fechou questão e vai votar integralmente a favor da reforma da Previdência. A legenda, que comanda o Ministério do Trabalho no governo de Michel Temer (PMDB), tem atualmente dezesseis deputados e é a segunda que determinará aos seus parlamentares como votar sobre a mudança das aposentadorias.

    A primeira foi o próprio PMDB, de Temer, que acertou a posição em reunião da bancada na terça-feira, apesar de ainda não a ter anunciado oficialmente. Com os sessenta peemedebistas, seriam agora 76 parlamentares obrigados, ao menos em tese, a apoiar a aprovação da medida.

    A partir do momento que partidos fecham questão sobre um tema, podem punir os deputados divergentes, com medidas que vão de uma advertência até a expulsão. O governo precisa de, no mínimo, 308 votos para garantir a aprovação.

    Em nota divulgada, Roberto Jefferson afirmou que “o PTB compreende que a reforma da Previdência é primordial para a retomada do crescimento do Brasil” e destaca que a medida “coloca fim a alguns privilégios da elite funcional federal” e representa a “opção prioritária pelos pobres e trabalhadores celetistas”. A decisão joga pressão sobre o PSDB que, com 46 deputados, é junto com o PP a terceira maior bancada da Câmara dos Deputados.

    Os tucanos têm prometido que, mesmo com o iminente desembarque da base aliada, vão votar a favor da mudança nas aposentadorias. No entanto, a bancada parlamentar da sigla ainda não deu recados claros de que o governo pode contar com os votos dos deputados do PSDB. Na segunda-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, se a proposta não contar com o apoio maciço da legenda, não há “a menor condição” de aprová-la na Casa.

    A proposta deve estar em debate na convenção do PSDB no próximo sábado, encontro que deve confirmar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como novo comandante tucano e postulante à Presidência da República em 2018, bem como dar os contornos finais do desembarque do partido da base aliada de Michel Temer.

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