Um levantamento da polícia de São Paulo, obtido pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostrou que foram registrados 19 casos de assédio sexual no sistema de transportes públicos da capital nos últimos 30 dias. Os números representam um aumento de 46% em relação ao mesmo período do ano passado.
Desde o início de 2017, foram 388 registros policiais envolvendo delitos sexuais nos trens e metrôs da capital paulista.
As denúncias cresceram desde que, há um mês, o ajudante de pedreiro, Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, foi preso por atacar duas mulheres em ônibus de São Paulo na mesma semana. Na primeira vez, ele ejaculou em uma passageira e, na segunda, esfregou seu pênis em uma mulher.
Após a segunda ocorrência, Diego foi retido pela polícia e condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a dois anos de prisão por um ataque sexual cometido em 2013. Em setembro daquele ano, segundo a decisão, Novais colocou o dedo na vagina de uma passageira dentro de um ônibus na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, na região dos Jardins.
Segundo o Fantástico, as denúncias cresceram no período porque as mulheres têm sentido mais confiança para denunciar casos como esses. Ainda assim, na maioria das ocorrências, os suspeitos não ficaram presos.