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Cuidados evitam ataques de pânico de animais no Réveillon

Fogos de artifício podem estressar bichos de estimação, que têm percepção auditiva mais apurada e se assustam com excesso de barulho nas comemorações

Por Agência Brasil
Atualizado em 29 dez 2017, 16h21 - Publicado em 29 dez 2017, 12h02
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  • Tradição em todo o país, a queima de fogos para marcar a passagem de ano pode ser muito estressante para animais domésticos e silvestres. Nessa época de ano, aumentam as chances de ferimentos e fugas de bichos que entram em pânico ou ficam assustados com o excesso de barulho, luzes ou fumaça.

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    Para minimizar esses riscos, a médica veterinária Vânia Plaza Nunes, diretora-técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e especialista em comportamento e bem-estar animal, recomenda uma série de cuidados que podem evitar acidentes e ajudar a manter a saúde dos bichos de estimação.

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    Para acalmar cães e gatos, ela recomenda extratos naturais, como florais de Bach, em vez de medicamentos. Também existem os chamados feromônios de apaziguamento, que podem ser colocados no ambiente. Essas substâncias podem ser encontradas em petshops ou em lojas especializadas em produtos veterinários.

    A veterinária também orienta mudanças no ambiente para deixá-lo mais confortável aos animais. É importante retirar objetos possam ser derrubados por bichos agitados e fechar portas e janelas, evitando apenas que o local fique muito quente.  A especialista recomenda ainda colocar uma música em um volume alto o bastante para competir com os sons externos.

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    “A pessoa pode ficar junto, porque a companhia acalma o animal, mas tomando cuidado para não reforçar o comportamento de medo”, explica Vânia. Existe ainda uma técnica de enfaixar o cachorro, que funciona como um abraço, e pode deixá-lo mais tranquilo: uma faixa levemente elástica deve passar pelo peito do cão, cruzando seu corpo e sendo amarrada nas costas.

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    Nas horas mais próximas à virada, para quem tem aves em gaiolas, a veterinária orienta a deixá-las em um ambiente fechado e sob supervisão. “Deixar água suficiente apenas para beber, mas sem risco de se afogarem caso sofram uma queda”, disse.

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    Riscos

    “Nossa capacidade humana de perceber o mundo não é a mesma dos animais. Nós temos uma capacidade de um gradiente de cores muito mais complexo que a maioria dos animais, mas a percepção auditiva deles é mais apurada que a nossa”, explica Vânia. Para a especialista, o problema é mais grave com o som, pois os animais captam frequências que não são percebidas pelo ouvido humano.

    “Os morcegos usam isso para se orientar. Se você solta fogos em área perto de mata, eles vão perder a capacidade de voar, podem cair, entrar na casa das pessoas. Para os cães e gatos aquilo também não faz parte do comportamento normal, eles ficam muito assustados”, explica.

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    A luz e o brilho dos fogos de artifícios causam mais impacto nos animais noturnos, como gatos e morcegos. “Eles têm uma acuidade visual muito grande, então pouca luz já é suficiente. Causa pânico porque foge ao padrão a que eles estão acostumados”, explicou.

    As bombas e fogos também são prejudiciais ao olfato, pois liberam pólvora e outras substâncias químicas e metais. Mesmo quando os fogos são disparados de balsas no mar, como no Rio de Janeiro, as substâncias ficam na água, o que pode ser prejudicial aos animais marinhos.

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    Segundo a médica veterinária, nesses momentos, os animais têm o instinto de lutar ou fugir. Ela acrescenta que pessoas com autismo e crianças pequenas também se incomodam com os efeitos dos fogos.

    Para Vânia, o ideal é que as pessoas mudem o comportamento e deixem de usar os fogos de artifício como forma de diversão. Ela cita os exemplos de cidades que passaram a ter um controle mais rígido na venda e queima desses artefatos, como Campinas, Santos e Sorocaba, todas no interior de São Paulo. “Tem uma minimização, mas não resolve o problema.”

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