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Covid-19: Com alta de casos, Sudeste puxa a curva ascendente no país

Apesar do aumento de 21% na média de infectados por coronavírus nos últimos 14 dias, a taxa de mortes recuou 9% em razão de queda nos estados de SP e RJ

Por Mariana Zylberkan, Alexandre Senechal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 jul 2020, 20h59 - Publicado em 28 jul 2020, 19h45
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  • Com alta de 21% na média de infectados pelo coronavírus registrada nos últimos 14 dias, o Sudeste, especialmente os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, tem puxado o crescimento deste índice em nível nacional já que, ao todo, a região representa 33% das ocorrências acumuladas em todo país. Em mortes, houve redução de 9% nesse mesmo período. Já o Brasil teve um aumento de 27% no número de novos casos e manteve estável a taxa de mortes. O levantamento foi  produzido por VEJA com a utilização das médias móveis semanais, que comparam a evolução da pandemia em blocos de sete dias.

    No período, Minas Gerais teve alta tanto de casos – 17% (subiu de 2.567 para 3.011) – quanto de mortes – 21% (de 56 para 68). O Rio de Janeiro teve a maior subida no número de infectados, com 78% (1.160 para 2.074), apesar de ter mantido as taxas de mortes em queda. São Paulo registrou aumento de 25% de casos (de 7.401 para 9.283) e queda de 18% nas mortes (264 para 215). Menor estado da região, o Espírito Santo manteve a tendência de estabilização nos casos e queda nos óbitos.

    O crescimento no Rio de Janeiro após um breve período de baixa em novos registros de infectados coincide com o momento em que o governo estadual passou a flexibilizar a quarentena e a permitir o funcionamento de bares e restaurantes, além de ter liberado, embora parcialmente, o acesso às praias e outros ambientes ao ar livre.

    De acordo com o médico Carlos Carvalho, coordenador do Centro de Contingência para o Coronavírus do governo de São Paulo, a alta de infectados no estado se deve à expansão da doença em cidades fora da Grande São Paulo. “A alta no interior e a queda na capital e região metropolitana fazem com que o estado caminhe para um platô de estabilização. É o movimento esperado da pandemia”, disse. 

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    Em Minas Gerais, a maioria dos casos se concentra na Grande Belo Horizonte, com poucos registros nas cidades do interior, principalmente, nos municípios com menos de 5.000 habitantes. O estado também é o que concentra mais cidades que ainda não tiveram nenhum caso de Covid-19 até o momento: 58.

    Apesar de o Sudeste concentrar a maior quantidade de casos do país, e por isso puxar a alta nacional, outras regiões tiveram aumentos percentuais maiores nos últimos 14 dias: Centro-Oeste (68%) e Sul (34%).

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