O transporte coletivo urbano municipal e intermunicipal de passageiros, em Santa Catarina, estará suspenso por 14 dias, a partir de segunda-feira, 20, em sete regiões do estado, classificadas como “gravíssima” devido aos casos de Covid-19. Neste sábado, 18, a concentração e permanência de pessoas em espaços públicos de uso coletivo, como parques, praças e praias, foram suspensas. O decreto com as medidas foi publicado no Diário Oficial do Estado pelo governador Carlos Moisés.
“Como havíamos falado desde o início dos trabalhos de enfrentamento desta pandemia, a primeira quinzena de julho seria uma das mais difíceis de enfrentarmos. Isso de fato está acontecendo. Trabalhamos sempre para ampliar os leitos de UTI [unidade de terapia intensiva], o que fizemos em mais de 70%. Também contratamos profissionais de saúde e ampliamos os exames no Laboratório Central do Estado. Todo o esforço do governo em proteger o cidadão tem que ser aliado ao esforço da população e das regiões de saúde em Santa Catarina”, disse o governador.
O decreto abrange 111 dos 295 municípios catarinenses. As regiões de Saúde que estão em situação gravíssima são: Carbonífera, Região de Laguna, Grande Florianópolis, Foz do Rio Itajaí, Médio Vale do Itajaí, Nordeste e Região de Xanxerê. Na mesma norma, Carlos Moisés, também prorrogou até 7 de setembro, em todo o território catarinense, a volta as aulas presenciais nas unidades das redes pública de ensino, municipal, estadual e federal, além da rede privada. A medida vale para educação infantil, ensino fundamental, nível médio, educação de jovens e adultos e ensino técnico, no estado.
“Nas últimas semanas, o governo do estado tem discutido com os municípios o compartilhamento de informações diante da gravidade do quadro. Percebe-se, neste momento, a necessidade de uma intervenção compartilhada com os municípios para reduzir a velocidade de transmissão da doença”, disse o secretário da Saúde, André Motta Ribeiro.
Para o secretário, o momento atual é de “união de todos para que possamos fazer o enfrentamento e superar esse momento bastante delicado da nossa história”. Andre Mota ressalta ainda a necessidade de que as pessoas deixem de sair de casa, façam uso de máscara, evitem aglomerações e respeitem as regras sanitárias de distanciamento social para reduzir a velocidade de transmissão da doença.