Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Contra reforma da Previdência, PF ameaça entrega coletiva de armas

Delegados, peritos e outros agentes federais fazem assembleias pelo país e anunciam pressão para manter aposentadoria especial para as atividades de risco

Por José Benedito da Silva Atualizado em 5 abr 2017, 20h57 - Publicado em 5 abr 2017, 20h47

Delegados, peritos, agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal decidiram em assembleias nesta quarta-feira entrar em estado de alerta para pressionar o presidente Michel Temer (PMDB) e o Congresso a manter a aposentadoria especial para atividades de risco e ameaçam, caso não consigam, entregar as armas ao governo.

Atualmente, policiais e outras categorias que exercem atividades de risco podem se aposentar com 30 anos (homens) e 25 anos (mulheres), mas, caso seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da reforma da Previdência, eles passarão a ser enquadrados como a maioria dos profissionais, com aposentadoria apenas aos 65 anos de idade e ao menos 25 anos de contribuição.

A decisão de entrar em estado de alerta veio após vários atos e assembleias em frente às superintendências regionais da PF pelo país e no mesmo dia que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que policiais, de qualquer categoria, não podem fazer greve.

Para o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, que esteve no ato em Brasília, a reforma “põe em risco o justo tratamento previdenciário aos policiais”.

“A proposta retira da Constituição Federal a expressão ‘atividade de risco’, o que é um absurdo dado os riscos e desgastes sofridos pelo policial ao longo de sua carreira. Além disso, impõe ao policial que se aposente com no mínimo 65 anos, sendo que a expectativa de vida deste profissional varia entre 56 e 59 anos”, afirma.

Continua após a publicidade

Como a greve de policiais foi vetada pelo Supremo, a categoria considera, durante o estado de alerta decretado nesta quarta-feira, fazer uma entrega coletiva de armas. “O STF reconheceu a vedação da greve aos policiais. É um reconhecimento também da importância da atividade policial. Vamos buscar outras formas de manifestar nossa insatisfação com a entrega das armas caso o governo entenda que a atividade policial é uma atividade que não oferece risco”, disse Sobral.

Vamos buscar outras formas de manifestar nossa insatisfação com a entrega das armas caso o governo entenda que a atividade policial é uma atividade que não oferece risco

Carlos Eduardo Sobral, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal

Eles disseram que irão pressionar o relator da PEC, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) a manter na reforma da Previdência a aposentadoria especial para quem exerce atividade de risco. Além dos policiais federais ligados à ADPF, o movimento tem o apoio da União dos Policiais do Brasil (UPB), composta por cerca de 30 entidades representativas do segmento da segurança pública, como policiais civis estaduais e agentes penitenciários.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal
Policiais federais do Rio de Janeiro fazem ato contra o fim da aposentadoria especial para atividades de risco na reforma da Previdência – 05/04/2017 (Flickr/Polícia Federal/Divulgação)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.