Chef é morto por assistente nos Jardins, em SP

Segundo as testemunhas, o agressor pegou uma faca e desferiu uma série de golpes no colega de trabalho; policia ainda investiga a motivação do crime

Por Da Redação
14 dez 2012, 08h47

O chef de cozinha João Batista de Souza Jorge, de 43 anos, foi assassinado a facadas por um colega de trabalho, o auxiliar Claudemir Alves dos Santos, de 38, nesta quarta-feira à noite, no restaurante de um dos hotéis da rede Quality, nos Jardins, Zona Sul de São Paulo. O agressor foi detido quando tentava fugir. A polícia ainda investiga a motivação do crime.

O assassinato aconteceu durante a preparação do jantar, por volta das 20 horas, na cozinha do restaurante do hotel, que fica na Alameda Campinas. Segundo as testemunhas ouvidas pela polícia, Santos pegou uma faca e desferiu uma série de golpes no colega de trabalho. Em seguida, o auxiliar de cozinha correu pelo saguão, tentando ainda acertar um garçom de 31 anos, que conseguiu escapar e pedir ajuda a policiais militares que passavam pelo local.

Durante o patrulhamento pelo bairro, os PMs encontraram um cozinheiro que informou que o auxiliar havia passado por ele na Alameda Joaquim Eugênio de Lima com a roupa suja de sangue e uma faca na mão. Santos foi encontrado em seguida pelos policiais. Ele estava escondido na garagem de uma casa, mas sem a faca usada para matar o chef de cozinha.

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Após ser preso, ainda na viatura da PM, Santos apenas afirmou aos policiais que “só queria ir embora para ver os filhos, mas eles não acreditaram”. Segundo os responsáveis pelos funcionários do restaurante, ele trabalhava havia oito meses no local, cumpria aviso prévio e deveria se desligar definitivamente do emprego nesta sábado. Um irmão mais novo do auxiliar, de 29 anos, também trabalha no hotel, como cozinheiro. Ele foi ouvido pela polícia.

Motivo – “As pessoas que estavam na cozinha disseram que ele simplesmente pegou a faca e foi para cima. Não existiu briga nem discussão nenhuma antes de matá-lo”, disse um funcionário do hotel, de 55 anos.

Segundo a polícia, o auxiliar de cozinha se recusou a prestar depoimento e disse que se manifestaria apenas em juízo. A principal hipótese, até o momento, é de que ele teve um surto e, por isso, atacou o chef de cozinha. O caso foi registrado no 78º Distrito Policial (Jardins) como homicídio qualificado. Santos foi levado para a carceragem do 2º DP (Bom Retiro), de onde será transferido para um Centro de Detenção Provisória, ainda não definido.

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O corpo do chef de cozinha foi liberado na tarde de quinta-feira e será enterrado nesta sexta-feira, às 10 horas, no Cemitério Parque dos Ipês, em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com os colegas, a vítima trabalhava havia mais de 20 anos no restaurante. Ele tinha três filhos, dois deles menores de idade.

Questionada sobre o crime, a Atlantica Hotels International, administradora do Quality da Alameda Campinas, afirmou em nota que “lamenta profundamente o incidente ocorrido” na noite de quarta-feira e ressaltou “que todo o auxílio necessário foi e continua sendo prestado às autoridades policiais responsáveis pela apuração do caso”.

(Com Estadão Conteúdo)