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CFM diz haver médicos suficientes e que país deve oferecer condições

Ministério da Saúde vai lançar um edital para médicos brasileiros que queiram ocupar as vagas que serão deixadas pelos profissionais cubanos

Por Redação
Atualizado em 15 nov 2018, 08h40 - Publicado em 15 nov 2018, 08h39
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  • O Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifestou sobre o anúncio do governo de Cuba de retirada de seus profissionais do Programa Mais Médicos. O CFM afirma que o Brasil conta com médicos formados em número suficiente para atender às demandas da população.

    “Para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, o governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada”, diz o conselho em nota.

    O texto ressalta que cabe ao governo oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população. Infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves são os itens apontados pelo CFM que o governo precisa garantir para os profissionais brasileiros desempenharem suas funções.

    O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (14) que vai lançar um edital nos próximos dias para médicos brasileiros que queiram ocupar as vagas que serão deixadas pelos profissionais cubanos que integram o programa Mais Médicos, que atende população que vive em áreas carentes e periferias. Segundo o ministério, 8.332 vagas são ocupadas por esses profissionais.

    As autoridades cubanas afirmaram que seus profissionais deixarão o programa por discordarem de exigências feitas pelo novo governo, como a revalidação dos diplomas.

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    Sem a necessidade de passarem pela validação de diplomas no país, conforme decidiu em 2017 o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente eleito Jair Bolsonaro também afirma que “não há comprovação” de que sejam, de fato, médicos, e questionou a aptidão dos cubanos.

    “Se esses médicos fossem bons profissionais, estariam ocupando o quadro de médicos que atendiam o governo Dilma no passado, e não é dessa forma. Vocês mesmos, eu duvido quem queira ser atendido pelos cubanos, porque não temos qualquer comprovação de que eles são médicos. Se fizer o Revalida, salário integral e poder trazer a família, eu topo continuar com o programa”, declarou.

    Indagado sobre se concederia asilo aos médicos cubanos que pedirem, Bolsonaro disse que sim. “Se eu for presidente e o cubano quiser pedir asilo aqui, vai ter”, afirmou. “Temos que dar o asilo às pessoas que queiram, não podemos continuar ameaçando como foram ameaçados pelo governo passado”, completou.

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    Bolsonaro também voltou a criticar o que considera “desumanidades” no Mais Médicos, como a manutenção de familiares dos médicos em Cuba e o envio de parte dos salários ao país caribenho.

    (Com Agência Brasil)

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