A advogada do americano David Goldman, Patricia Apy, afirmou que ele está disposto a permitir que seu filho Sean, de 10 anos, seja visitado pela avó materna, Silvana Bianchi. Ele ressalvou, porém, que o encontro – ainda sem data prevista – só ocorrerá se tiver o acompanhamento de um psicólogo.
Em março, Silvana foi a Nova Jersey (EUA), onde Goldman vive com Sean, mas a Justiça local proibiu a visita. Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu que o garoto deveria ser entregue ao pai pela família brasileira, com quem vivia até então. David o levou, então, para morar com ele nos Estados Unidos, mas disse que permitiria visitas dos parentes brasileiros.
“Nós avisamos Silvana Bianchi e o marido que teríamos de passar por um processo para lidar com a relação entre Sean e a família materna. Isso tudo é complexo, porque David ainda está conhecendo o garoto”, ressaltou Patricia, em entrevista à agência de notícias Associated Press. “Trata-se de um processo em que eles (os avós maternos) não precisam estar envolvidos.”
Infeliz – No sábado, o advogado Sérgio Tostes, que representa a família brasileira do garoto, disse que vai recorrer da decisão da Justiça de Nova Jersey. Conforme o advogado brasileiro, só houve um encontro da avó com o garoto desde o Natal, mas “foi um fracasso total”, por causa das “restrições”. “Ele não quer ficar lá. Sean conseguiu mandar um e-mail escondido do pai, usando um videogame, e disse que está muito infeliz, morrendo de saudade e inseguro.”
Na segunda-feira, Patricia Apy ressaltou que o menino se adapta bem à vida fora do Brasil e está frequentando a escola. Ela afirmou que, por enquanto, David Goldman não dará declarações sobre a disputa com a família materna.
(Com Agência Estado)